Coisas do Cotidiano: “Reta final”, por Antoniomar Lima

Em "Coisas do Cotidiano", o colunista comenta a reta final do segundo turno das eleições presidenciais; confira!

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 25/10/2022, 10:30 - Atualizado em 25/10/2022, 10:30
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Antoniomar Lima é graduado em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa) pela UFOP e já publicou dois livros de poesias. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

Graças ao bom Deus a eleição para presidente está na reta final. Durante a campanha, os nossos olhos e ouvidos têm sofrido mais do que o natural. Isto é, o que temos visto é de doer o globo ocular e atrofiar o tímpano.

Os candidatos perdem mais tempo trocando farpas do que com propostas que é o que mais interessa para nós, eleitores e eleitoras. Em outras palavras, o nível cai abaixo de zero. O que é lamentável!

No meio desse bombardeio a cabeça dos eleitores vira um saco de pancadas. Como num filme chegamos a duvidar quem é o herói e, ainda mais, o vilão da história.

Os candidatos articulam de tal forma o que vão falar que o que dizem parece mais ficção do que realidade. Mas os eleitores sabem muito bem quem é o seu escolhido; quem é aquele que merece, mais vez, o seu voto de confiança.

Numa eleição jamais ouviremos os candidatos trocarem elogios. A troca de elogios entre concorrentes para cargos políticos tem efeitos desastrosos para ambos.

Por outro lado, as farpas são o caminho para tentar obter êxito para chegar ao cargo, que é tido e havido, como o mais alto da sociedade.

Depois das eleições, um ou outro - como um consolo - arrisca uma palavra mais amena em favor de seu oponente que ficou pelo caminho. E, reconheçamos: aquele não chegaria ao poder se acaso este não perdesse.

Até o dia da votação o tom não mudará, os bombardeios seguirão o curso e, tais nos trazem a memória a velha frase: “rico faz guerra e quem morre é pobre”.

Não defendo esse nem aquele, defendo a democracia, defendo a liberdade de expressão, o ir e o vir, enfim, defendo a vida.

Além do mais, não podemos esquecer que no entra e sai de governo, a vida, obrigatoriamente, precisa continuar… Como bem disse Cazuza: ‘o tempo não para’.

Tomara que no frigir dos ovos ninguém saia no prejuízo, pois, o vencedor, querendo ou não, terá que governar e fazer o melhor, não só para os que votaram nele, mas também para os que não votaram.

Não esqueçamos que o treino acabou, agora o jogo está valendo pontos valiosos que não podemos desperdiçar. E, como num jogo, essa eleição vai ser definida nos detalhes. Detalhes que estão nítidos, expostos como carne fétida, diante de nossos olhos.

Aliás, nossos olhos, ou pelo menos, de boa parte da população, já sabem qual colírio usar para afastar os males que nos ameaçam.

Enfim, nessa reta final, que Deus tenha misericórdia de nós, que ilumine o coração e a mente do vencedor para que tenha sabedoria para resgatar a dignidade de tanta gente!

Laudate Dominum

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