Um canteiro de obras com um significado pra lá de especial. A terraplanagem do terreno que abrigará a Estação de Tratamento de Esgoto Osso de Boi, na sede de Ouro Preto, está em fase avançada e será finalizada nas próximas semanas. O empreendimento devolverá Ouro Preto ao mapa do saneamento básico completo e de qualidade e vai contribuir para a melhoria das condições de saúde e qualidade de vida da população.
Iniciada no final de abril, a terraplanagem é a primeira fase de uma obra. Compreende as atividades de escavação, aterro, compactação, drenagem e curvas de nível, que garantem o nivelamento do terreno para a posterior construção civil. Na sequência, será feita a contenção da obra para auxiliar a terraplanagem e dar estabilidade a alguns taludes.

“É um trabalho minucioso, que deve ser executado de maneira cuidadosa, pois representa a estrutura necessária e segura do terreno para a enorme construção que faremos ali”, diz o superintendente da Saneouro, Evaristo Bellini.
A ETE Osso de Boi vai tratar 100% do esgoto coletado na sede de Ouro Preto, ao final de sua segunda etapa. O investimento total previsto na construção da estação é de R$ 36,5 milhões, fora a estrutura de implantação de redes, estações elevatórias e interceptores. A unidade terá capacidade média de tratar 125 litros de esgoto por segundo e o efluente tratado terá como destino o Ribeirão Funil. “Além de melhorar a qualidade de vida da população, o esgoto tratado vai permitir a despoluição do ribeirão”, afirma Evaristo. A primeira etapa das obras e o início do tratamento de esgoto serão entregues em 2026.
Você sabia?
Dados históricos apontam que Ouro Preto teve o primeiro sistema de tratamento de esgotos da América Latina, construído no século XIX. Os tanques de desinfecção ainda se encontram na região da Barra, ao fim do Beco da Mãe Chica, mas estão desativados.
Atualmente, a Saneouro opera uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE), localizada no distrito de São Bartolomeu. Com isso, o índice de esgoto tratado, diante do que é coletado em todo o município, é de 0,67%.
O saneamento adequado diminui o número de doenças veiculadas pela água, como disenteria, diarreia, viroses, cólera, leptospirose, esquistossomose, hepatite A e febre tifóide, entre outras. Com isso, diminui o número de internações hospitalares e consultas médicas acarretadas por essas doenças.
Dados da Organização Mundial de Saúde (ONU) apontam que a cada R$ 1,00 investido em saneamento economiza-se R$ 9,00 em saúde pública. “Iniciamos nossa atuação em Ouro Preto em 2020, é uma concessão de 35 anos de duração e temos muita alegria em afirmar que vamos mudar o panorama do saneamento na cidade e, por consequência, o dia a dia dos moradores”, afirma.

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