Não confundir esgoto com lixo é fundamental para a preservação da saúde da população

Por Saneouro Publicado em 15/01/2025, 10:08 - Atualizado em 15/01/2025, 10:09

Imagem ilustrativa. Crédito — Reprodução / Freepik.

A palavra é muito repetida no dia a dia, mas seu entendimento algumas vezes é equivocado. Afinal de contas, o que é esgoto? Para quem pensou imediatamente em lixo, a resposta está errada. Esgoto é água. Isso mesmo! Esgoto nada mais é que a água depois de utilizada pelo ser humano, seja nas residências, na indústria ou no comércio.

Após a utilização, esta água recebe cargas de substâncias físicas, químicas e biológicas que alteram a sua composição. Por isso, passa a se chamar esgoto e precisa ser afastada dos imóveis para evitar contaminação.

O afastamento do esgoto do contato humano se dá por meio das redes coletoras de esgoto, que são conectadas aos imóveis. É para essas redes que vai toda a água após utilizada em banheiros, cozinhas, processos industriais.

E é exatamente por causa das redes coletoras que o entendimento errado do que é esgoto pode ser prejudicial às populações urbanas. Ao pensar que esgoto é lixo, é comum que as pessoas descartem objetos sólidos como papéis, absorventes, preservativos e cotonetes no vaso sanitário, por exemplo. Ou restos de comida nas pias das cozinhas.

Quando isso acontece, tais objetos caem diretamente nas redes coletoras de esgoto. “Como esgoto é água, as redes foram feitas nas dimensões e características para transportar água. A entrada de objetos sólidos entope as redes e tais entupimentos oferecem riscos à população”, alerta o superintendente da Saneouro, Evaristo Bellini.

Quando as redes coletoras estão entupidas, o esgoto não consegue passagem. Como consequência, ele vai se acumulando até transbordar. Isso pode acontecer dentro dos imóveis ou nas vias públicas. O transbordo gera mau cheiro e, como a água do esgoto é contaminada por substâncias físicas, químicas e biológicas, pode causar doenças a quem tiver contato.

“Entender que esgoto não é lixo é importante para que as pessoas e empresas compreendam a gravidade que é despejar objetos sólidos em vasos sanitários, pias e tanques. O prejuízo é coletivo”, diz Bellini.