Grupo de WhatsApp conta com 600 ouro-pretanos e agiliza doações de sangue aos hemocentros de Minas

Tudo começou em meados de 2017, quando o saudoso radialista e comentarista esportivo José Sarsur, aos 80 anos, se acidentou em sua casa, em Belo Horizonte. José foi hospitalizado no Semper, hospital localizado na região central da capital mineira. Em tratamento, José passou por procedimentos delicados e precisou várias doações de sangue, prontamente intermediadas junto ao Hemominas por Ademilson, conhecido como “Sacrifício”, morador de Cachoeira do Campo.

Sacrifício é amigo de Sâmea Sarsur, filha de José e não só se ofereceu como doador como também passou a recrutar mais pessoas pela causa, e foi o entusiasta da criação do grupo de WhatsApp que auxiliava na comunicação para o agendamento das doações ao Sr. José.

Os doadores eram, sobretudo, moradores de Cachoeira do Campo e de Belo Horizonte. O grupo foi tão eficiente que José Sarsur recebeu um certificado do Hemominas como o paciente que mais recebeu doações de sangue naquele período.
José faleceu ainda durante o tratamento, mas o grupo de amigos, organizado para o seu auxílio continua forte, levando amor a outros pacientes, a partir do gesto altruísta da doação de sangue.

As doações não podem parar

Após a morte de José Sarsur, Sacrifício foi procurado pelo amigo Andreano e resolveram ampliar a ideia do grupo de whatsapp, mas o aplicativo era limitado ao número de 250 pessoas, sendo necessário criar três grupos, já que a cada dia mais pessoas eram adicionadas como administradores e esse fato possibilitava a entrada de um número cada vez maior de interessados pela causa.

Posteriormente, o whatsapp fez mudanças na plataforma, possibilitando grupos com um número maior de pessoas.
O grupo que recebeu o nome de Amigos do Sangue da Região dos Inconfidentes passou a recrutar novos doadores que viajam uma vez ao mês rumo aos hemocentros para doações em caráter permanente.

Andreano explica que por mais de um ano as viagens eram oferecidas gratuitamente pelo amigo André, que havia se curado de um câncer. Contudo, com a chegada da pandemia André ainda estava com a imunidade baixa, por isso o transporte passou a ser oferecido pela prefeitura, a partir do apoio de Jonas Nicolino, diretor do departamento de transporte.

“Hoje somos mais de 600 pessoas, o grupo tem crescido a cada dia”, conta orgulhoso o mecânico industrial Andreano Anchieta Dias, um dos doadores e entusiasta para o crescimento do grupo.

O contato com os hemocentros também é feito via WhatsApp, a partir daí são acertados a data, horário e tipos sanguíneos necessários e pronto! A caravana parte mais uma vez de Ouro Preto para cumprir sua missão em uma rodada de doação de sangue.

Desde 2009, o WhatsApp foi disponibilizado em território brasileiro, disponível inicialmente aos usuários da Apple. A popularização do WhatsApp ganhou força a partir da disponibilização em outros sistemas, como o Android. É indiscutível a gama de utilidades do WhatsApp quando se trata de comunicação instantânea com suporte de texto, áudio e vídeo.

No Brasil, o app ostenta a marca de 120 milhões de usuários, encurtando distancias, conectando pessoas e proporcionando o bem, como o exemplo mostrado nessa matéria.

Contato

O Grupo do Sangue está aberto a receber apoio de empresas e pessoas interessadas. O contato pode ser feito pelo telefone: (31) 99537-1961, falar com Andreano.