A pauta das reuniões ordinárias da Câmara Municipal de Ouro Preto estava “trancada” em protesto contra o recente aumento da passagem de ônibus no município. Nessa terça-feira (30), o prefeito Júlio Pimenta (MDB) revogou decretos anteriores que dispunham sobre o reajuste das tarifas do serviço público de transporte coletivo de passageiros e de transporte individual na modalidade táxi lotação. Com isso, os vereadores ouro-pretanos, em comum acordo, decidiram retornar com os trâmites normais das reuniões, incluindo a votação de projetos de lei, indicações, requerimentos e outros tipos de documentos.
Esse foi principal assunto debatido durante a reunião ordinária dessa terça-feira (30). Para o vereador Chiquinho de Assis (PV), a Câmara pressionou e conseguiu uma grande vitória para o povo de Ouro Preto, com a revogação dos decretos que tratavam do reajuste. Todavia, importante ressaltar que o aumento está revogado até que a licitação do transporte público (em andamento no Executivo) seja concluída.
Pelo processo licitatório, a passagem passará para R$3,34. “Agora, vem aí um aumento muito maior fruto de uma licitação, em vez de R$0,50, serão R$0,64. Eu acho que a gente precisa se unir, mostrar caminhos. Dei uma proposta para o prefeito reduzir o ISS [imposto sobre serviços] da empresa para tentar manutenção do preço [atual]. Então, eu acho que a Câmara tem que exercer seu poder político, com união, para conquistar benefício para a população de Ouro Preto”, acrescenta Chiquinho.
Para o vereador Marquinho do Esporte (SD), “nós temos que parabenizar porque houve a licitação, apesar de não aparecer vários concorrentes, apenas as empresas Transcotta e Turin, que formaram o consórcio Rota Real. Ainda estão querendo arredondar a passagem para R$3,35.
Já o vereador Geraldo Mendes solicitou Questão de Ordem para dizer que a empresa deve arcar com o arredondamento do valor para R$ 3,30 e não R$3,35. “A população já está se sacrificando com o aumento e não deve sofrer ainda mais pagando esse arredondamento para cima no valor. Se houvesse outra empresa concorrendo e essa apresentasse o valor de R$3,35, seria perdedora na disputa, pois, o valor máximo, ou seja, o teto do valor da tarifa na licitação é de R$3,34 e não R$3.35.”
Os edis afirmaram que vão acompanhar o andamento do processo licitatório. As reuniões ordinárias da Câmara Municipal acontecem às terças, às 16h, e às quintas, às 9h.
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