Por João Paulo Silva Fotos-Creuza Mendes Um grupo de voluntários do Rotary Club de Ouro Preto, com colaboração da comunidade local e empresários, criou o projeto "Biblioteca de Rua". O objetivo é facilitar o acesso dos moradores à leitura. A ação começou na última quarta-feira (20). Atualmente, são dez pontos de leitura distribuídos pela cidade. “A Biblioteca de Rua é coletiva, livre, gratuita e sobrevive de doações”, explicou a Presidente da Comissão de Projetos Humanitários do Rotary Clube de Ouro Preto, Creuza Mendes, que também é a idealizadora do Projeto no município. A comissão de Projetos Humanitários do Rotary Clube de Ouro Preto é composta pelos seguintes membros: Cecília Tropia, Ana Paula Cota; Efigênia da Glória Chaves; Sônia Farah; Vera Guarda; Vera Godefroid, esposa do Presidente Leonardo Godefroid e automaticamente, Presidente da Casa da Amizade. As prateleiras estão espalhadas em pontos comerciais da cidade, todos acessíveis aos interessados. Basta pegar, ler e devolver quando puder. Não há cadastros, não há taxa, não há ninguém vigiando. É uma biblioteca livre e independente. “Os livros vêm da própria comunidade e voltam a ela em forma de empréstimo. O Rotary é apenas um canal, ou seja, um caminho de distribuição”, acrescentou Creuza Mendes. Outro aspecto interessante do projeto é que não há um prazo definido para a devolução dos livros. “É levado em conta o fato de cada leitor possuir o seu ritmo próprio. Mas geralmente são de 12 a 15 dias. O livro pode ser devolvido em qualquer ponto e não necessariamente onde foi retirado”, informou a idealizadora do projeto. O investimento em cada prateleira, sem a plotagem, é de 80 reais. Com a personalização, o valor final sai por 95 reais. Os comerciantes que quiserem colaborar e adquirir uma prateleira podem entrar em contato pelo telefone 31 99117-9113. Parceiros da leitura Além da comunidade em geral e dos voluntários do Rotary Club, é indispensável a contribuição dos empresários ouro-pretanos. O projeto pretende se expandir cada vez mais e não tem prazo para acabar. Até o momento já contribuíram: Pesque-pague Varandão, Açougue Zacarias, Cachaça Loretto, Farmácia Lavras Novas, Pouso dos Viajantes, Pousada Toledo, Salus Engenharia, Xeroxequinha, Padoca Padaria e Pimenta de Cheiro. Barreiras para a leitura O Instituto Pró-Livro, criado e mantido pelas entidades do livro - Abrelivros, CBL (Câmara Brasileira Livro) e SNEL (Sindicato Nacional dos Editores de Livros), iniciou suas atividades em 2007. Possui como principal objetivo o fomento à leitura e a difusão e acesso ao livro. Em março de 2016, o instituto publicou a quarta versão da Pesquisa Retratos da Leitura no Brasil. A Amostra se constituiu de 5.012 entrevistas em 315 municípios brasileiros. De acordo com a pesquisa, a falta de tempo é o principal motivo mencionado pelos não leitores e também pelos leitores que gostariam de ter lido mais (que representam cerca de três quartos dos leitores). Na medida em que a escolaridade do individuo diminuiu, reduz a proporção daqueles que consideram a leitura uma atividade prazerosa. No quesito “Razão para não ter lido mais”, a pesquisa se direcionou a estudantes e não estudantes. Boa parte dos entrevistados “não estudantes” responderam não ler “porque não há bibliotecas por perto”, enquanto a resposta mais frequente dos estudantes foi “porque acha o preço de livros alto”. Incentivar o prazer de ler e trocar O Objetivo principal do Projeto "Biblioteca de Rua" é democratizar o acesso e incentivar a leitura na cidade e região. “O nosso objetivo é disseminar a cultura de forma livre e espontânea, incentivando o prazer de ler e trocar”, finalizou Creuza Mendes.
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