Com Allan Almeida, “Hora Certa Para a Mudança” na Coluna Arquibancada Celeste

Por Tino Ansaloni Publicado em 29/04/2016, 16:41 - Atualizado em 29/04/2016, 16:45

Por Allan Almeida Jornalista Especialista em Comunicação estratégica e branding A diretoria cruzeirense enfim acerta uma no ano: a demissão do técnico Deivid. Não pela figura do treinador, mas pelo momento em que isso se deu. Com a eliminação nas semifinais do Mineiro, o Cruzeiro ganhou mais tempo para a escolha do novo comandante e também para por a casa em ordem. Há aqueles torcedores elétricos que dizem que Deivid deveria ter deixado o comando celeste em meio ao Campeonato Mineiro. Eu preferia que ele nem tivesse vindo. Mas como não pude fazer nada para impedir sua contratação, sabia que o certo daí por diante seria torcer para que o treinador me surpreendesse e surpreendesse a toda nação celeste. Defendi a manutenção ao longo do campeonato com o pensamento de que a mudança viria. Mas isso não ocorreu. Deivid não soube levar o time para frente, em parte pela deficiência dos jogadores em campo, em outra parte pelas limitações criativas do técnico na hora de montar a equipe. Em meio às especulações ouço falar de Adilson Batista, Abel Braga, Jorginho. Porém, o destino está nos aproximando de Marcelo Oliveira. O treinador tem um passado recente de vitórias na toca da Raposa. Possui respeito e admiração da torcida. Só que uma pessoa pode ser a grande barreira para seu retorno: Gilvan de Pinho Tavares. Acho difícil o mandatário celeste engolir o orgulho e trazer Marcelo de volta agora. Estaria praticamente assumindo seu erro ao demiti-lo no ano passado. Importante registrar uma coisa: o Cruzeiro pode ter o melhor técnico do mundo na atualidade, mas com o plantel atual não vai adiantar nada. Falta um homem de criação no meio de campo, um legítimo camisa 10. As duas laterais estão carentes e a zaga não tem peças de reposição que passem confiança. A hora da mudança é agora. O Campeonato Mineiro, laboratório para testes, ficou para trás. Se fosse uma prova escolar, estariam quase todos reprovados. Vem aí, o Brasileirão. Se a filosofia de jogo não mudar até lá, brigaremos novamente para não cair. E nós somos grandes demais para passar por isso.