Por dentro do saneamento: A importância da caixa d’água

Por Saneouro Publicado em 07/05/2025, 10:41 - Atualizado em 07/05/2025, 10:41

Foto — Reprodução/Saneouro.

A reservação de água nos imóveis é fundamental para garantir o abastecimento durante períodos de manutenções nas redes ou interrupções emergenciais de abastecimento. Ela é feita pelas conhecidas caixas d'água e é regulamentada em todo o país.

“Trata-se de uma medida de segurança do abastecimento, já que os sistemas de distribuição de água são sistemas ”vivos”, em constante movimento e, por isso, estão sujeitos a necessidades de correção”, informa o superintendente da Saneouro, Evaristo Bellini.

A NBR 5626, instituída em 1998 pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), estipula que todos os imóveis do país, sejam eles residenciais ou não, tenham capacidade de reserva para o suprimento de água do local por pelo menos 24 horas.

“O volume de água reservado para uso doméstico deve ser, no mínimo, o necessário para 24 horas de consumo normal no edifício, sem considerar o volume de água para combate a incêndio”, diz o texto da norma regulamentadora em seu item 5.2.5.1, que determina as orientações sobre os projetos de construção de reservatórios. A norma também recomenda que em residências de tamanho pequeno a reserva mínima deve ser de 500 litros de água.

Em Ouro Preto, a lei municipal número 1.126, de 20 de dezembro de 2018, regulamenta os serviços de abastecimento de água e de esgotamento sanitário na sede e nos distritos. Seu capítulo III é destinado às informações sobre os reservatórios e, no artigo 61, define que “as economias deverão ser dotadas de reservatórios de água com capacidade suficiente para seu consumo por, no mínimo 24 (vinte e quatro) horas”.

O parágrafo único deste artigo dispõe ainda que “nos locais onde a utilização de água seja ininterrupta, por questões de segurança e de saúde pública, como centros de saúde ou comerciais, depósitos de materiais inflamáveis e combustíveis, os reservatórios de água deverão ter capacidade para o consumo de 72 (setenta e duas) horas”.

“Todas essas regulamentações representam uma orientação de cuidado com a população, pois os imóveis que não tiverem caixas d´água, ou que as tiverem em capacidade insuficiente, ficam mais vulneráveis”, diz Evaristo Bellini. Isso porque nestes casos, tais imóveis são ligados diretamente às redes distribuição e, se tais redes estiverem sem água eles ficam imediatamente desabastecidos.