Atraso vacinal: o que fazer se meu filho perdeu uma vacina?

Por João Paulo Silva Publicado em 05/05/2025, 16:56 - Atualizado em 05/05/2025, 16:56

Foto — Reprodução. Crédito — SES-MG.

Diante da correria do cotidiano familiar e das recentes alterações nos calendários de vacinação, impulsionadas por surtos de doenças, um número crescente de crianças tem apresentado atrasos em suas cadernetas de vacinação. Contudo, especialistas alertam para a importância crucial de colocar a imunização em dia, visando a proteção individual e coletiva.

A pediatra e CEO do Instituto Macabi, Dr.ᵃ Mariana Dagostino Bolonhezi, enfatiza que o primeiro passo para regularizar a situação vacinal é identificar a causa do atraso. “É fundamental compreender o motivo da falta da vacina, seja por esquecimento dos pais ou por adiamento devido a alguma enfermidade da criança. Uma consulta com o pediatra é essencial para definir um novo cronograma de vacinação”, explica.

A médica tranquiliza os pais, afirmando que mesmo em casos de múltiplos atrasos, a aplicação simultânea de doses é uma prática segura e eficaz. “A administração conjunta de vacinas é segura. Caso a criança tenha ficado doente e várias vacinas estejam pendentes, o médico pode planejar a aplicação simultânea sem riscos”, orienta.

Para garantir a regularização da caderneta, a Dra. Mariana Dagostino Bolonhezi recomenda procurar um pediatra para uma avaliação individualizada, que identificará as vacinas perdidas, as prioridades e a necessidade de alguma dose ser refeita.

“Recomendo o site da SBIm (Sociedade Brasileira de Imunizações), que oferece um calendário atualizado com todas as vacinas, idades recomendadas, intervalos e informações sobre a disponibilidade tanto no SUS quanto na rede privada”, acrescenta a especialista.

A pediatra alerta para os sérios riscos decorrentes do atraso na imunização, especialmente diante da ameaça de retorno de doenças como poliomielite e sarampo. “A baixa cobertura vacinal pode trazer de volta doenças que já estavam controladas. Crianças não vacinadas ficam mais suscetíveis a desenvolver formas graves dessas infecções, que são evitáveis com a vacina. Portanto, manter a carteira de vacinação em dia é um ato de responsabilidade coletiva e um gesto de cuidado”, conclui.