Em reflexões escritas para a Via Sacra realizada no Coliseu de Roma, o Papa Francisco teceu duras críticas à “economia que mata”, em um momento em que se recupera de uma infecção respiratória que o impediu de comparecer ao evento. As meditações, lidas durante as 14 estações que retratam a Paixão de Cristo, abordaram temas como a necessidade de uma “economia de Deus”, caracterizada pela humildade e respeito à vida.
“Construímos um mundo de cálculos e algoritmos, de lógica fria e interesses implacáveis”, lamentou o Papa em suas reflexões, que foram conduzidas pelo Cardeal Baldassare Reina, Vigário de Roma. Em cada estação, Francisco propôs orações que desafiam a “economia que mata” e clamam por aqueles que enfrentam o fim de suas jornadas nas fronteiras.
O pontífice também dedicou orações à paz e unidade da Igreja, reconhecendo as “feridas da nossa história” e a “fragilidade do nosso amor”. Em sua mensagem final, Francisco estendeu seu desejo de paz a “todas as nações”, clamando por justiça e renascimento para os marginalizados e invisíveis.
A invocação final do Papa Francisco ecoou as palavras de São Francisco, pedindo “o dom da conversão do coração”. A ausência do pontífice na Via Sacra, planejada devido à sua convalescença após 38 dias de internação no hospital Gemelli, em Roma, difere das ausências dos últimos dois anos, motivadas pelo frio intenso e problemas de saúde, que foram comunicadas em cima da hora.
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