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Há dois anos, os motoboys de Ouro Preto, cidade histórica de Minas Gerais, não reajustavam o valor do serviço cobrado por entrega. Eles estão se organizando burocraticamente para a criação de uma entidade que os represente legalmente, porém, mesmo sem finalizar esse processo, a união significativa da classe fez com que não fosse necessário nenhum tipo de paralisação ou manifestação pelo reajuste. Dos 200 participantes de um grupo de WhatsApp, por onde se organizam e discutem sobre a profissão, todos foram a favor do reajuste.
A classe trabalha com uma taxa fixa que fica em torno de R$ 60,00 a R$ 70,00 por período de trabalho durante o dia ou noite, além da taxa por entrega, que teve o reajuste de R$ 2,00, passando de R$ 3,00 para R$ 5,00.
Um de seus líderes é Benedito Correia Maia Júnior, também conhecido como Bené, com quem conversamos. Ele explica que "a taxa passou a ser de R$ 5 com a intenção de cobrir manutenção do veículo, período chuvoso no setor bastante movimentado na cidade histórica que possui um relevo peculiar marcado por ruas e morros propícios a incidentes e é claro, a inflação".
Bené explica ainda que a intenção do movimento não é prejudicar os clientes com o aumento de R$ 2,00 na taxa, mas apenas lutar por um valor mais justo.
Um levantamento feito pelos motoboys mostra que dos quase 30 comerciantes que participam do grupo de WhatsApp, somente 4 não foram a favor do reajuste, alegando, entre outros fatores, que as vendas cairiam com o aumento de R$ 2,00, acardo pelo cliente.
Bené encerra destacando ser um trabalho eficiente feito pelos motoboys da cidade que, com seu característico relevo de ruas íngrimes, becos estreitos e piso escorregadio em época de chuvas, traz a comodidade aos clientes dos estabelecimentos de receber alimentos e outros produtos de forma confortável em suas residências.
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