Após óbito durante lipoaspiração, Cremesp reitera as normas estabelecidas para a realização de cirurgias plásticas

Procedimentos como a lipoaspiração não são isentos de riscos e não devem ser tratados como triviais, fato que compromete a segurança dos pacientes.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 27/11/2024, 16:15 - Atualizado em 27/11/2024, 16:15
Imagem ilustrativa. Crédito — Reprodução / Freepik. Siga no Google News

A Câmara Técnica de Cirurgia Plástica do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (CREMESP) manifesta sua preocupação em relação ao recente caso de óbito ocorrido durante uma lipoaspiração realizada em ambiente clínico. A perda de uma vida é sempre motivo de profundo pesar, e reforça a importância de reiterarmos as condições imprescindíveis para a realização de procedimentos cirúrgicos com segurança.

A lipoaspiração, embora amplamente reconhecida como um procedimento seguro quando realizada de forma adequada, é uma cirurgia que demanda preparo técnico, infraestrutura adequada e a observância rigorosa das normas de segurança e ética médica. Para garantir a segurança dos pacientes, é fundamental que:

 1.    O ambiente onde a cirurgia será realizada seja devidamente habilitado e liberado pelos órgãos de vigilância sanitária, com estrutura hospitalar que permita o manejo de eventuais intercorrências e suporte avançado de vida.
  2.    O cirurgião responsável possua qualificação adequada e habilitação específica para a prática de cirurgia plástica, registrada junto ao Conselho Regional de Medicina, sendo especialista reconhecido com Registro de Qualificação de Especialista (RQE).
 3.    A equipe médica e multidisciplinar envolvida esteja preparada para lidar com complicações e equipada com os recursos necessários para uma resposta rápida e eficaz a emergências.
4.    O procedimento seja conduzido dentro dos mais altos padrões éticos e técnicos, com avaliação rigorosa do estado de saúde do paciente, indicação precisa do procedimento, e comunicação clara e detalhada dos riscos e benefícios envolvidos. 

Reforçamos que a banalização de qualquer procedimento cirúrgico, por menor que ele possa parecer, é inaceitável. A DECISÃO DE REALIZAR UMA CIRURGIA PLÁSTICA SE INICIA NA ESCOLHA DO PROFISSIONAL E DEVE SER FEITA DE FORMA CONSCIENTE E SÓLIDA. Cirurgias plásticas, como a lipoaspiração, não são isentas de riscos, e tratá-las como procedimentos triviais compromete a segurança dos pacientes e contraria os princípios fundamentais da Medicina.

O CREMESP reafirma seu compromisso com a defesa da ética médica e com a proteção da saúde e segurança dos pacientes, e recomenda que todos os profissionais sigam as normas estabelecidas, zelando pelo exercício responsável da profissão.

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