No mundo corporativo, pessoas LGBTQIAP+ frequentemente enfrentam desafios diferentes, como exclusões sutis e discriminações veladas. Mesmo sem manifestações explícitas de violência, a orientação sexual pode afetar profundamente o bem-estar e as oportunidades profissionais. Infelizmente, essa realidade destaca a importância de políticas e práticas que não apenas garantam a igualdade, mas também criam um ambiente onde todos se sintam valorizados e respeitados.
Os esforços em prol dos direitos e da igualdade para a comunidade LGBTI+ têm sido significativos, mas ainda há muito a ser feito, especialmente no que diz respeito à garantia de oportunidades no mercado de trabalho.
Mesmo com junho sendo dedicado ao Mês do Orgulho e o dia 28 celebrado como o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIAP+, muitos ambientes corporativos ainda não possuem espaço para a comunidade. Segundo uma pesquisa do Center for Talent Innovation, 33% das empresas no Brasil não contratariam pessoas LGBTQIAP+ para cargos de chefia, enquanto 41% dos funcionários LGBTQIAP+ afirmam ter enfrentado algum tipo de discriminação devido à sua orientação sexual ou identidade de gênero.
Além de implementar políticas inclusivas, é importante avaliar como os funcionários realmente se sentem no ambiente de trabalho. A percepção e a experiência de cada um dos colaboradores são indicadores para medir a eficácia de como isso está sendo implementado pela empresa. “Valorizar e respeitar não é fazer Pink Money, é algo que vai além de cumprir diretrizes; é sobre criar uma cultura onde todos possam prosperar de fato”, comenta a Head de Pessoas, Milene Almeida.
Na prática, algumas empresas têm aderido a projetos que incluem a comunidade, um exemplo é o ‘Projeto Empatia’, lançado em 2020 pela Feel Alive Co., que consiste em uma série de medidas para melhoria do ambiente corporativo.
Abaixo, confira cinco pontos que tanto os colaboradores como CEO’s podem usar para avaliar sua atual empresa. Censo de diversidade (pesquisa): Realizar censos de diversidade regularmente ajuda a entender a composição da força de trabalho e identificar áreas de melhoria.
- Campanhas internas e externas sobre diversidade e apoio a ONGs do Estado de São Paulo: Promover campanhas contínuas sobre diversidade e apoiar ONGs locais demonstra o compromisso da empresa com a inclusão dentro e fora do ambiente de trabalho.
- Políticas de diversidade no processo de recrutamento e seleção: Implementar políticas de diversidade no recrutamento e seleção garante oportunidades iguais para todos os candidatos, independentemente de sua orientação sexual ou identidade de gênero.
- Treinamento e protocolo de incidentes de gênero, raça e sexualidade em eventos: Oferecer treinamentos regulares e estabelecer protocolos claros para lidar com incidentes de discriminação é crucial para criar um ambiente seguro e respeitoso.
- Canal de ética e denúncias: Disponibilizar um canal de ética para denúncias de discriminação e assédio permite que os funcionários se sintam seguros ao reportar comportamentos inadequados, assegurando ações corretivas apropriadas.
“É fundamental desenvolvermos políticas e projetos de inclusão, e foi assim que nasceu o Projeto Empatia, que funciona como uma consultoria para estruturar e adequar o time. Ações como essa contribuem para o sucesso da empresa como todo, além de serem implementadas em todos os eventos que organizamos. Nossas festas incluem canais de ética, pontos de acolhimento, treinamentos, sinalização clara, entre outras medidas”, comenta Milene Almeida.
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