21 de maio é dia do afilhado: Padre Adilson, de Ouro Preto, fala sobre a tradição que envolve os sacramentos católicos

Livro de batismo de número 21 da Igreja do Pilar, de 1963 a 1969, traz assinaturas do saudoso Cônego Simões.

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Por Daniel Marcos Publicado em 21/05/2024, 17:53 - Atualizado em 21/05/2024, 17:57
Foto – Padre Adilson com o livro de batismos de número 21 da Basílica do Pilar, de 1963 a 1969 assinado por Padre Simões. Crédito – Daniel Marcos Siga no Google News

No dia 21 de maio, a tradição católica nos presenteia com uma ocasião especial: o Dia do Afilhado. Este dia é uma oportunidade para refletir sobre os laços profundos que existem entre padrinhos e afilhados, uma relação enraizada na fé, no compromisso e no amor.

Padre Adilson Wilson Umbelino Couto é pároco de Nossa Senhora do Pilar e explica que na fé católica, os sacramentos da iniciação cristã são o batismo e também na crisma. No sacramento do matrimônio existem as chamadas testemunhas que carinhosamente são considerados pelos nubentes (noivos) como padrinhos e madrinhas. Em relação ao batismo, os padrinhos e madrinhas são como o segundo pai e a segunda mãe.

“São aqueles que assumem, junto com os pais a formação, educação cristã. Então é um gesto de afeto, de carinho, mas é um gesto também de educação cristã e formação na fé. Por isso, padrinhos e madrinhas são aqueles que testemunham para a criança e pessoa, já adulta, a fé. Os padrinhos são guardiães e protetores e atuam parecidos a um anjo da guarda, um mensageiro da fé, da paz, da segurança e da alegria para os seus afilhados”, explicou o Padre Adilson.

O compadrio é a relação entre os pais e os padrinhos de seus filhos, chamados de compadres ou comadres.
O padre aproveitou para falar sobre a agenda dos batizados que ocorrem na Basílica Menor de Nossa Senhora do Pilar. Ele explicou haver algum tempo, os batizados acontecem no segundo e o quarto domingo de cada mês, às 11h da manhã.

Adilson lembra que é preferível que o batizado se realize na própria paróquia da criança, mas, ainda assim, a igreja recebe pedidos de outras comunidades e que os pedidos são acolhidos, desde que haja uma transferência do padre e da paróquia daquela família, criança ou pessoa já adulta.

Adilson lembra que é indispensável que a procura pelo batismo ou matrimônio tenha um caráter espiritual mais profundo por parte da pessoa.

“É bom que as pessoas não procurem a igreja apenas para celebrar o sacramento do batismo ou matrimônio, mas que venha sempre participar desta comunidade viva”, disse.

Perguntado, Adilson afirma que a procura pelo batizado continua inalterada por parte dos cristãos de Ouro Preto. Adilson ressalta que os desafios são muitos, mas a vontade, por parte da igreja que acolhe e de mostrar de fato qual é o compromisso do sacramento.

“Não é apenas um ato social ou cultural, mas a partir do momento em que os pais escolhem viver e transmitir a seus filhos essa mesma fé”, concluiu.

Celebrando o Dia do Afilhado: Honrando os Laços de Fé e Amor

Essa tradição remonta aos primórdios do Cristianismo, quando a comunidade desempenhava um papel fundamental na educação e na formação das crianças na fé. Os padrinhos eram vistos como guias espirituais, mentores e modelos a serem seguidos. Eles se comprometiam a acompanhar o afilhado em sua jornada de fé, oferecendo orientação, apoio e, acima de tudo, amor incondicional.

Que o Dia do Afilhado seja uma ocasião para fortalecer os laços familiares e espirituais, lembrando-nos da importância da fé, do amor e do apoio mútuo na jornada da vida. Que padrinhos e afilhados possam continuar a nutrir e a enriquecer essa relação especial, cultivando um vínculo que perdure além das fronteiras do tempo e do espaço.

Foto - Padre Adilson com o livro de batismos de número 21 da Basílica do Pilar, de 1963 a 1969 assinado por Padre Simões. Crédito - Daniel Marcos

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