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Coisas do Cotidiano: Leia “Na Mão de Amaro”, por Antoniomar Lima

Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, visa percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”

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Por Antoniomar Lima Publicado em 13/03/2024, 15:00 - Atualizado em 13/03/2024, 15:00
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Antoniomar Lima é graduado em Letras (licenciatura em Língua Portuguesa) pela UFOP e já publicou dois livros de poesias. Crédito — Arquivo pessoal. Siga no Google News

O médico e psicanalista austríaco Sigmund Freud pontuou ‘somos feitos de carne, mas temos que viver como se fossemos de ferro’. Estou entre aqueles que concordam com esse pensamento deste que é considerado um dos mais importantes na área da psicologia, senão o maior.

Nos dias atuais temos que suportar muita coisa principalmente no que tange aos acontecimentos externos (desde as coisas que se mostram simples às mais complexas) que vivem constantemente forjando pressão em nosso psicológico, muitas vezes, fazendo com que aceitemos suas sugestões que podem afetar nossa saúde não só mental, mas física. Depende muito como absorvemos o que tentam nos jogar goela a baixo. E aí entra uma parte fundamental nessa batalha abstrata: buscarmos escapes que nos livrem dessa avalanche, no mesmo momento que chegam de supetão.

Se nosso psicológico não estiver preparado, estaremos ‘na mão de Amaro’ como dizem no Maranhão. Tal expressão, além de significar que estamos ‘duros’, sem dinheiro, podemos estendê-la para ‘estamos à revelia dos outros’ ou de ‘ideias externas’.

Por outro lado, preocupar-se é sentir-se individualmente solidário com alguma coisa ou alguém. Não deixa de ser um bom sinal, sobretudo levando-se em conta que somos sensíveis mesmo constatando que, às vezes, na prática, não podemos absolutamente nada.

Não podemos permitir que coisas externas roubem nossa paz interior, nosso sossego íntimo. Não temos o poder da onipresença, somos limitados. 

Se não estamos dando conta de resolver problemas que estão ao nosso alcance, perto de nós, será que faremos isso com os que estão longe?

Talvez, por isso, Freud tenha genialmente elaborado o pensamento acima que se analisarmos de outro ângulo pode nos estar alertando ‘preparemo-nos psicologicamente sem esquecer de - ao modo das formigas - nos ajudar uns aos outros, num só propósito que valha a pena que tudo dará certo’.

Laudate Dominum

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