Curta no www.facebook.com/jornalvozativa Siga no twitter.com/jornalvozativa Uma missa em ação de graças marcará, no domingo, 2 de dezembro, 10 horas e 30 minutos, as comemorações de conclusão das obras de restauração da Igreja de São José dos Pardos e Bem Casados e Santa Cecília dos Músicos, em Ouro Preto-MG. Fechada há mais de quinze anos, o templo, em restauração desde agosto de 2010, estará novamente aberto para celebrações das comunidades. Os trabalhos foram viabilizados por meio da lei de incentivo cultura - Lei Rounet, com patrocínio do BNDES - Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social e custaram aproximadamente R$ 1,5 milhão, sendo que deste valor U$120 mil dólares complementares vieram do World Monuments Fund – WMF, entidade que apóia projetos de restauração de Monumentos Mundiais. A entidade e seus membros se dedicam a salvar lugares mais apreciados no mundo, através de parcerias com comunidades locais, órgãos financiadores e governos, como forma de compromisso permanente na manutenção de monumentos para as gerações futuras. A obra teve a gestão da Fundação Museu de Arte Sacra de Ouro Preto, entidade da Paróquia do Pilar, com apoios da Prefeitura de Ouro Preto, do Ministério da Cultura e do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico (IPHAN). No dia 18 de março de 2012, vésperas do dia dedicado a São José, o templo foi reaberto, somente nessa data especial, para a celebração de missa e para que a população ouro-pretana pudesse apreciar o andamento e a conclusão de uma etapa das obras. Além da restauração interna, que demandou muito cuidado, o adro também passou por intervenções, a fim de adaptar a área às recomendações do laudo de geologia do professor Romero César Gomes, por se tratar de um dos pontos de maior risco geológico, em pleno centro da cidade. O templo, agora, está mostrando toda sua riqueza e brilho, pois, pinturas estavam encobertas por várias camadas e ofuscadas pela tonalidade cinza, e isso não permitia que o conjunto da obra fosse visto em toda sua integridade pelos fiéis e turistas. Curiosidades A Irmandade de São José surgiu em "Corpo de Comunidade" em 1726 na Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias. Em 1735 já se encontra instalada na primitiva Ermida de São José, construindo cerca de vinte anos depois a atual Capela. Antônio Francisco Lisboa - o Aleijadinho - foi juiz da irmandade deixando para a capela o projeto da fachada e altar-mor. Congregava a irmandade mulatos e crioulos, nascidos no Brasil e mestres de ofício, incluindo os músicos. O oficial mais importante que teria trabalhado na capela foi Manoel Ribeiro Rosa cujo trabalho foi descoberto, nesta restauração, após remoção de repinturas que cobriam o arco-do-cruzeiro e altar-mor. É importante ressaltar que uma das mais importantes obras de Manoel Ribeiro Rosa está no Museu Arquidiocesano de Mariana e que pertence ao forro da capela-mor de São José. Trata-se da pintura "Esponsais de Nossa Senhora" (Casamento de Nossa Senhora e São José). Texto com colaboração de Carlos José Aparecido de Oliveira
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