A hora mais importante de nossa existência é o agora, o hoje. O dia de ontem já se foi e não volta mais. Podemos lembrar de coisas que realizamos e até podemos dar continuidade a algo que começamos ontem, mas o dia de ontem em si não será o mesmo. O dia de ontem faz parte da subjetividade do que poderia ter sido, como pontuou o poeta Manuel Bandeira.
O dia presente, este momento, sem dúvidas, é o mais importante de todos, pois ele nos acompanha cotidianamente e, às vezes, nem nos atentamos para esse detalhe tão sútil, porque nosso pensamento tem os pés fincados no dia de ontem que já passou e no dia de amanhã que não nos pertence.
Entre esses dois tempos, olvidamos de viver o presente que pede nossa presença e nossa consciência de que ele, somente ele nos pertence.
O dia de amanhã é uma incógnita. Fica a pergunta: "como querer viver o dia de amanhã se o hoje não nos demos conta de fazer isso?"
Se refletirmos detidamente a impressão que teremos é que o dia de amanhã não existe, pois a cada dia estaremos sempre esperando por ele que nunca chega…
Diante disso, o mais sensato é desfrutarmos cada minuto da hora hodierna, pois, na verdade, cada minuto de cada dia redundará no futuro que avança em surdina, paulatinamente.
Que saibamos - cada um a seu modo, é claro! - viver o presente sem ficarmos ansiosos pelo porvir que nada sabemos de concreto, a não ser, apenas no campo da subjetividade.
Aliás, há um versículo bíblico que diz: "Portanto, não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o amanhã trará suas próprias preocupações. É suficiente o mal que cada dia traz em si mesmo."
Laudate Dominum
“Coisas do Cotidiano”
Em “Coisas do Cotidiano”, o escritor, poeta e graduado em Letras pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Antoniomar Lima, visa percorrer “esse espaço fronteiriço, entre a grandeza da história e a leveza atribuída à vida cotidiana.”
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