Novembro chegou e, com o 11º mês do ano, o mundo veste a camisa do Novembro Azul, campanha que procura promover ações de conscientização sobre o câncer de próstata. Essa doença é, segundo o Ministério da Saúde, a que mais atinge os homens brasileiros e é a segunda maior causa de mortes entre a população masculina. O diagnóstico precoce é a melhor maneira de alcançar bons resultados no tratamento, mas a saúde masculina, ainda hoje, é repleta de tabus.
Dados apresentados pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), sugerem que, até 2025, serão estimados 71 mil novos casos de câncer de próstata no país. Além dos números, o estudo também acende um alerta para a resistência masculina no autocuidado e na realização do exame de toque retal, periodicamente, de forma preventiva.
Outro levantamento, dessa vez apresentado pelo Centro de Referência em Saúde do Homem de São Paulo indica que os homens costumam dar pouca atenção à saúde e, consequentemente, buscam com menos frequência os serviços médicos. Conforme a análise, 70% das pessoas do sexo masculino que procuram um consultório médico tiveram a influência da mulher ou de filhos e mais da metade desses adiaram a ida ao médico e, quando procuraram o especialista, se encontravam num estágio doentio avançado.
Neste aspecto, Dr. Celso di Lascio da operadora de planos de saúde You Saúde, salienta que exames de rotina e consultas precisam ser mais frequentes principalmente a partir dos 45 anos, porque, após essa idade, as patologias mais comuns são câncer de próstata, problemas nos rins e na bexiga.
“O medo e a insegurança do homem de ir ao médico pode trazer muitas consequências negativas. Diagnósticos que poderiam ser descobertos e tratados na fase inicial podem trazer sequelas e até levar à morte em estágio avançado. O indicado é que todo homem a partir dos 45 anos consulte com um urologista pelo menos uma vez ao ano”, explica.
Sobre o câncer de próstata, Dr. Celso di Lascio ainda acrescenta que a doença é silenciosa e não apresenta sintomas em estágio inicial. É neste momento que se compreende melhor a importância do cuidado precoce e de um acompanhamento médico regular.
“Nessa fase pode haver 90% de chances de cura, porém, esse percentual diminui conforme a doença avança. Quando em estágios avançados, o paciente pode ter dor óssea, sintomas urinários mais intensos e infecção generalizada ou insuficiência renal. Vale reforçar que, no caso do câncer de próstata, a melhor forma é fazer a prevenção, com o diagnóstico precoce”, completa o médico da You Saúde.
Contudo, entre os principais fatores de risco para o câncer de próstata estão a idade, o histórico familiar e a alimentação. A Organização Mundial de Saúde (OMS) destaca que ações e mudanças de hábitos ajudam a reduzir os fatores de risco. Alguns exemplos são: não fumar, diminuir o consumo de álcool, praticar atividade física, ter uma alimentação saudável, combater o sedentarismo e obesidade. Além de realizar exames de detecção preventiva, especialmente após os 40 anos.
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