Como o idadismo afeta a vida dos idosos e quais são suas consequências

Gisela Castro, pesquisadora e professora de pós-graduação em Comunicação e Práticas do Consumo da ESPM fala sobre o assunto.

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Por Gisela Castro Publicado em 29/09/2023, 10:29 - Atualizado em 29/09/2023, 10:29
Imagem ilustrativa. Crédito — Freepik / Licença grátis. Siga no Google News

O idadismo ou etarismo é definido pela Organização Mundial de Saúde como uma forma de pensar (estereótipos), de sentir (preconceito) e de agir (discriminação) em relação a certas pessoas (ou grupos de pessoas), colocando-as em desvantagem com base na idade delas. O idadismo pode se manifestar de modo institucional, entre pessoas (ou entre grupos de pessoas), ou mesmo quando alguém se volta contra si próprio por haver internalizado o idadismo, muitas vezes sem se dar conta. O idadismo causa mal-estar, prejuízos e muito sofrimento. 

Eu constumo dizer que é uma das últimas formas de discriminação socialmente permitidas, só porque muita gente ainda nem sabe do que se trata. Para combater o idadismo, o primeiro passo é  falar abertamente sobre esse tema, pautar esse debate na sociedade para, em seguida, lutar contra esse modo de discriminação e preconceito. Por que ainda tem gente que acha graça em piada de velhinha surda ou velhinho que anda com dificuldade? Por que tanta gente não percebe a nem sempre tênue diferença entre o humor e o deboche?

Porque nós vivemos em uma sociedade que incensa a juventude como um atributo que deve ser exibido em qualquer idade, não se leva em conta a complexidade e a heterogeneidade dos modos de envelhecer e, como consequência, o envelhecimento é desvalorizado por ser considerado como um processo de decrepitude e obsolescência. 

Os modos de discriminação contra os mais velhos englobam todo o tipo de desrespeito como, por exemplo, os modos como as pessoas mais velhas são discriminadas por instituições financceiras que lhes cobram juros mais altos em função da idade, não respeitam ritmos mais lentos de digitação nos aplicativvos e equipamentos de caixas eletrônicos, dentre outros exemplos cotidianos.

Outro exemplo ocorre nas ocasiões em que famílias estendidas se encontram, sendo frequente que os mais velhos sejam relegados ao ostracismo, ao silêncio e ao descaso dos mais jovens que não têm interesse em confraternizar com eles. 

Por fim, o idadismo internalizado faz com que muitos homens e mulheres passem a se considerar menos admiráveis, menos belos ou menos dignos de estima por terem envelhecido. Isso é muito triste!

Gisela Castro. Crédito - Reprodução.

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