Advogada é denunciada por falsa acusação de agressão usando a Lei Maria da Penha

Durante a investigação, polícia reuniu evidências que comprovaram a farsa; denúncias inverídicas prejudicam as verdadeiras vítimas de violência.

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 04/08/2023, 15:44 - Atualizado em 04/08/2023, 15:44
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Imagem ilustrativa. Crédito — Reprodução / Freepik. Siga no Google News

O número de mulheres agredidas no Brasil, seja fisicamente ou psicologicamente, é alto e superior à média global. Segundo um levantamento realizado pelo Instituto Datafolha, todas as formas de violência feminina aumentaram no Brasil durante o último ano, desde xingamentos e ameaças até espancamentos e agressões psicológicas. Ao mesmo tempo, denúncias falsas e conclusões precipitadas da justiça acendem um debate sobre a importância de uma investigação detalhada para apurar os fatos.

Em 2017, a advogada Kamyla Kristina Reis, de São Paulo, Anália Franca,Tatuapé,  denunciou o ex-companheiro por agressões físicas e invasão de domicílio. Kamyla Kristina Reis alegou ter sofrido ameaças e violência física. Ao prestar depoimento, relatou à Delegada estar com marcas roxas na perna e dores no corpo.

Após ser contratado para avaliar o caso, o advogado Dr. Ilmar Muniz, do escritório Cavalcante Muniz Advogados, reuniu novas evidências sobre o episódio. Durante as investigações, a Polícia Civil comprovou as falsas denúncias da advogada Kamyla Kristina Reis após conversas e ligações gravadas em áudio com a sua prima, também advogada, de nome Elizandra Paula de Carvalho. 

Em um dos áudios, obtidos com exclusividade pela reportagem, a advogada Kamyla Kristina Reis admite ter provocado as próprias lesões pelo corpo para incriminar o ex-companheiro. Durante a conversa com a sua prima advogada Elizandra Paula de Carvalho, Kamyla confessa ter forjado as marcas roxas na perna, enquanto a prima Elizandra pergunta a Kamyla se ela não tinha outras lesões pelo corpo para acusar mais o ex- companheiro para que ele ficasse preso. 

Na sequência, a Advogada Kamyla reclama para a prima Elizandra da postura da Delegada de Polícia. “Eu queria que constasse no depoimento que ele estava bêbado, mas a Delegada de Polícia disse que não constatou nenhum indício de que ele estava alcoolizado”. Devido ao posicionamento da Delegada de Polícia, a Advogada Kamyla Kristna Reis fez vários xingamentos com palavras de baixo calão sobre a Delegada, junto com a sua prima Elizandra, fatos que serão apurados em processo próprio criminal. 

Além da advogada Kamyla Kristina responder pelo crime de Denunciação Caluniosa e outros crimes pela farsa, seu irmão Alexandre Marcel Nascimento dos Reis, que não se encontrava no local no horário dos fatos, também responderá por Denunciação Caluniosa por acusar o ex-companheiro da Advogada Kamyla de invasão de domicílio no boletim de ocorrência. Na conversa com a prima Advogada Elizandra, a Advogada Kamyla confessa que o seu pai Joaquim foi quem abriu o portão da residência para que o seu ex-companheiro entrasse para visitar o filho. 

Devido a todos esses transtornos, o ex-companheiro da Advogada Kamyla aguarda pela justiça para que tudo seja apurado e ele possa ter o direito de visitar o filho sem correr o risco de sofrer uma nova acusação falsa.

Procurados no dia 27/07 pela reportagem, os denunciados não retornaram as ligações para fornecerem as suas versões sobre os fatos. O caso segue sob investigação do delegado Dr. Gabriel Antunes da Silva do 3º DP de Santo André.

Justiça feita

Segundo o advogado Ilmar Muniz, nem sempre é possível reverter uma condenação indevida, mas é importante o acusado, se inocente, lutar pela justiça e buscar todas as opções legais disponíveis.

Mulheres e outras vítimas de violência, ressalta o advogado, enfrentam desafios significativos ao relatar esses crimes, incluindo medo, estigma e falta de apoio. É fundamental garantir que as vítimas sejam ouvidas e estimuladas a denunciar. No entanto, a falsa acusação de um crime é prejudicial não apenas para a pessoa erroneamente culpada, mas também para a credibilidade das vítimas reais, salienta Ilmar Muniz. “É papel da justiça investigar minuciosamente todas as denúncias e, quando uma acusação é mentirosa, punir devidamente a pessoa responsável por essa alegação”, alerta o advogado. 

Ao mesmo tempo em que várias pessoas são vítimas de violência diariamente pelo país, com consequências devastadoras para as suas vidas, a falsa acusação de agressão também gera prejuízos imensuráveis para a pessoa denunciada - incluindo rejeição social, traumas psicológicos, perdas financeiras e materiais.

Um Comentário

  1. Luiz G. Siqueira 05/04/2024 em 17:03- Responder

    Estou passando pelo mesmo problema da matéria, mas no meu caso, como não tenho histórico de agressividade, fui falsamente acusado de agressão psicológica pela mãe de meus filhos, ela me avisou que iria requerer medida Maria da Penha e a medida seria assinada pelo mesmo juiz que recebeu minha denúncia contra ela por difamação!! O problema da medida protetiva é que em um primeiro momento é concedida apenas pela palavra da mulher, e foi concedida! Fiz a minha defesa através da resposta acusação com farto material comprovando que ela mentia em tudo, mas os amigos em comum ao ver que concederam a medida e já fui sumariamente condenado por todos, tendo eles virado o rosto para mim e até comentaram com meu filho: ´´QUE COISA FEIA QUE SEU PAI FEZ COM SUA MÃE´´ Essa lei quando feita de forma falsa como foi feita contra mim, esmaga o homem, o psicologico, o homem é julgado e o mundo dele desmorona!!! Tive que sair de Ouro Preto para ela de forma mentirosa e falsa não dizer que descumpri a medida e eu ser preso! Perdi amigos, trabalho,dignidade TUDO TUDO MEU FOI PERDIDO!!! MAS VOU LUTAR COM TODAS AS MINHAS FORÇAS NÃO SÓ PARA TERMINAR DE PROVAR MINHA INOCÊNCIA, MAS A DE TANTOS HOMENS QUE PASSAM POR ESTAS DENUNCIAS FALSAS DE MULHERES QUE ACABAM POR ESTRAGAR ESSA LEI!!!

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