Vale conclui obras de descaracterização da barragem Fernandinho e da estrutura de contenção de Fábrica
A barragem Fernandinho está localizada em Nova Lima (MG). Já as barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo estão localizadas entre os municípios de Itabirito e Ouro Preto (MG).
A Vale informa que concluiu a obra de descaracterização da barragem Fernandinho, localizada na Mina Abóboras, no Complexo Vargem Grande, em Nova Lima (MG). A companhia também informa que concluiu as obras de construção da estrutura de contenção à jusante (ECJ) que serve as barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo e está localizada entre os municípios de Itabirito e Ouro Preto (MG), perto da Mina Fábrica. A conclusão de ambas as obras reflete o avanço da Vale no compromisso com as melhores práticas na gestão de suas barragens.
Com a conclusão das obras de descaracterização, que ainda será avaliada pelos órgãos competentes, Fernandinho deixa de ter características de barragem, perdendo a função de armazenamento de rejeitos e de água. No processo de descaracterização, 558 mil metros cúbicos de rejeitos foram removidos e um canal central de drenagem foi construído, com posterior revegetação e reintegração da área ao meio ambiente local. As atividades contaram com cerca de 540 trabalhadores, majoritariamente residentes na região de Nova Lima. O trabalho foi executado com a adoção rigorosa de protocolos de prevenção à Covid-19.
A barragem Fernandinho fez parte do Programa de Descaracterização de Barragens da Vale, destinado às estruturas com alteamento a montante, método similar àquele empregado na barragem rompida em Brumadinho. A descaracterização das barragens a montante é um compromisso assumido pela Vale e uma obrigação legal, para aumentar a segurança das comunidades e das operações. Desde 2019, seis estruturas a montante foram completamente descaracterizadas e reintegradas ao meio ambiente.
Conclusão da ECJ de Fábrica
A estrutura de contenção a jusante da Mina Fábrica, com obras finalizadas, tem capacidade para reter os rejeitos das barragens Forquilhas I, II, III, IV e Grupo, localizadas a montante da Mina Fábrica, em um cenário hipotético de ruptura simultânea. Com 95 metros de altura e 330 metros de comprimento, a estrutura aumenta a segurança das pessoas que vivem em comunidades próximas e protege as Zonas de Segurança Secundária das referidas barragens, que incluem parte dos municípios de Itabirito, Raposos, Rio Acima e Nova Lima, além de três bairros de Belo Horizonte.
A conclusão da ECJ permite os preparativos para a descaracterização das barragens Forquilhas I, II, III e Grupo. A barragem Forquilha IV está em nível 1 de emergência, Forquilhas I, II e Grupo estão em nível 2, e Forquilhas III em nível 3 do Plano de Ação de Emergência de Barragens de Mineração (PAEBM). Todas as estruturas seguem com monitoramento instrumental contínuo, 24h por dia, 7 dias por semana, gerido pelo Centro de Monitoramento Geotécnico da Vale. A ECJ de Fábrica foi construída sob as mais rigorosas normas nacionais, as melhores práticas de engenharia e referências técnicas de entidades internacionais. A Vale segue avaliando junto com a auditora técnica do Ministério Público a necessidade de ações complementares.
Com 95 metros de altura e 330 metros de comprimento, estrutura aumenta a segurança para as pessoas que vivem em comunidades próximas
A conclusão das duas obras representa o avanço do Programa de Descaracterização de do compromisso da Vale com uma abordagem mais transparente e segura na gestão de suas barragens. O cronograma do Programa de Descaracterização e demais informações sobre a gestão de barragens da Vale estão disponíveis em www.vale.com/esg.
O que é descaracterização?
O termo ‘‘descaracterização’’ significa reintegrar funcionalmente a estrutura e seus conteúdos no meio ambiente, de modo que a estrutura não sirva mais ao seu propósito principal de atuar como contenção de rejeitos. Leis e regulamentos recentemente aprovados exigem que a descaracterização de todas as nossas estruturas a montante em um cronograma específico, com base em projetos acordados com as autoridades.
A descaracterização de uma estrutura a montante é um processo complexo e pode demorar para ser concluído com os devidos cuidados de segurança. Os trabalhos relacionados ao processo de descaracterização podem influenciar nas condições de estabilidade geotécnica e aumentar o risco de tais estruturas.
A Vale está conduzindo estudos de engenharia detalhados para cada estrutura a ser descaracterizada e pode ser necessário melhorar a estabilidade através de obras de reforço ou construir estruturas de contenção a jusante (ECJ), para iniciar com segurança a descaracterização. As ECJs têm a finalidade de reter rejeitos em caso de ruptura da respectiva barragem. Estes projetos estão sujeitos a revisão posterior e eventual aprovação pelas autoridades competentes.
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