O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, cumpriu agenda, nesta sexta-feira (25), em Ouro Preto (MG). Às 13h15, ele participou de um almoço com prefeitos da microrregião no distrito de Lavras Novas. Já por volta das 16h15, acompanhado pelo secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, prefeito Angelo Oswaldo e reitoria da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), Cláudia Marliére, o governador conversou com jornalistas que o aguardavam no Centro de Artes e Convenções da instituição de ensino superior para só depois subir para o auditório, o qual a imprensa não teve acesso.
O Jornal Voz Ativa transmitiu ao vivo a entrevista com Romeu Zema (Clique aqui e confira).
De acordo com Zema, ele sempre se preocupou em fazer uma gestão “próxima do chão de fábrica”. A expressão foi usada para acrescentar que “quem fica muito tempo trancado dentro de um gabinete, acaba perdendo o contato com a realidade e de estar mais próximo das pessoas. Dessa maneira, eu acabo me aproximando do mundo real e entendendo melhor as necessidades e tomando decisões mais adequadas”.
O estado já ultrapassa mais de 45 mil mortes pela Covid-19, de acordo com informações da Secretaria Estadual de Saúde, divulgadas hoje (25). Sobre a aquisição de vacinas contra a doença, Zema afirmou que o seu governo já entrou em contato com todos os laboratórios do mundo e que os mesmos, exceto um, só fornecem os imunizantes para governos federais.
“A única vacina que hoje é fornecida para estados, seria a Sputinik. Nós já solicitamos ao Ministério da Saúde, autorização para importarmos [o imunizante], haja visto que ela ainda não foi aprovada. Então, nós estamos fazendo todo o esforço para trazer mais vacinas para os mineiros e agilizar o processo [de imunização] que é o desejo de todos”.
De acordo com Zema, os últimos dados da pandemia no estado “demonstram que estamos num platô [algo plano e elevado], os hospitais ainda estão sobrecarregados, mas, pelo menos, nós estamos numa situação sob controle. Mas não podemos facilitar, pois a qualquer momento uma nova variante pode surgir e chegarmos a ter uma terceira onda, o que eu espero que não aconteça. Estamos num momento estável, mas não vamos facilitar”.
Romeu Zema afirmou também que o seu governo, “mais do que qualquer outro”, tem se preocupado com a geração de emprego. “Nós, mais do que qualquer outro governo em Minas Gerais, temos conseguido atrair investimentos que geram emprego numa velocidade que nunca existiu”.
“Com a pandemia, o setor de turismo, eventos e transporte de passageiros foi muito afetado e nós, por meio da Secretário de Estado de Cultura e Turismo, estamos planejando uma retomada desse setor, porque a medida que o processo de vacinação avança, o número de casos e internações começa a cair numa velocidade muito grande, acrescentou”.
O secretário de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, Leônidas Oliveira, falou sobre o projeto Reviva Turismo que deve impulsionar a retomada gradual e segura das atividades turísticas, com base em quatro eixos: biossegurança, estruturação, capacitação e marketing. “Estamos criando rotas e Ouro Preto entra de uma forma muito clara nesse sentido, com a cozinha mineira, visto que aqui é o berço da nossa culinária”. Leônidas também citou o potencial do patrimônio histórico de Ouro Preto, do Ciclo do Ouro e de outras regiões do estado.
Sobre as barragens de rejeitos de mineração no estado, Zema afirmou que o governo tem acompanhado de perto a questão. Ele lamentou o rompimento da Barragem de Fundão, no distrito de Bento Rodrigues em 2015 e afirmou que “o desastre em Brumadinho deixou claro para as mineradoras que o erro não tinha sido suficiente”.
Ainda de acordo com Zema, uma série de medidas de monitoramento continua sendo realizada no estado e citou a “Lei Mar de Lama Nunca Mais”, cujo um dos principais destaques é a exigência de que as empresas adotem tecnologias de ponta para a disposição de rejeitos, o que garantiria mais segurança aos empreendimentos.
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