A Câmara Municipal de Ouro Preto realizou, nesta quarta-feira (17), a 6ª Audiência Pública de 2021 para que a Saneouro pudesse esclarecer como se dará a instalação de hidrômetros, o funcionamento do cálculo da fatura da conta de água dos clientes, e apresentasse o plano de trabalho e de obras emergenciais.
A audiência foi requerida pelo vereador Kuruzu (PT) e contou com a presença de outros parlamentares, como os vereadores Júlio Gori (PSC), Vantuir (PSDB), Alessandro Sandrinho (Republicanos), Naércio França (Republicanos) e Matheus Pacheco (PV), além de representantes do Poder Executivo, como o Secretário Municipal de Meio Ambiente, Chiquinho de Assis, e o Procurador Geral, Diogo Ribeiro. A prestação de contas foi conduzida pelo Superintendente da Saneouro, Cleber Salvi.
Um dos pontos da reunião que foi mais demandado pelos vereadores, e também pela população em geral, foi a questão da instalação dos hidrômetros na cidade.
De acordo com o Superintendente da Saneouro, a instalação dos medidores é uma meta contratual da empresa, portanto, precisa ser cumprida. Os hidrômetros, a princípio, não terão custos de instalação onde houver ligação hidráulica, e, ao medir o consumo de água de cada residência, ajudará a população a ter hábitos conscientes de consumo de água além de detectar possíveis vazamentos.
Juntamente à instalação dos medidores, outra questão em discussão foi a questão tarifária, que hoje, se divide em cinco categorias, sendo cobrada, para todas elas, uma taxa fixa de R$22,00, podendo haver cobrança de valor extra em caso de tratamento e coleta de esgoto no local.
Segundo Cleber, a partir do momento da instalação do hidrômetro, é uma obrigação da instituição, em quatro meses, informar aos clientes o consumo de água, a fim de que os cidadãos possam se adaptar ao uso do medidor.
Em relação ao investimento previstos, tanto para o abastecimento de água, tanto para o sistema de esgotamento sanitário, foi informado que a premissa da Saneouro será o investimento em setorização, que permitirá que todos os clientes em Ouro Preto sejam abastecidos de maneira regular, seja nos distritos ou na sede da cidade. "Dessa maneira, o consumo habitual per capita, que é de 180 litros de água por dia, poderá ser usufruído em todos os setores da cidade", informou.
O superintendente explicou ainda que a implantação desse investimento se dará em etapas, sendo previsto, em um primeiro momento, ações emergenciais com o objetivo principal de atender a falta de água e garantir que a água chegue aos pontos mais elevados do município. "Outra ação, também de curto prazo, a ser realizada é o aumento do número de reservatórios e o controle de pressão da água. A setorização e a regularização das redes se apresentam como ações de médio prazo", esclareceu.
A Saneouro também prestou contas em relação ao serviço já realizado em Ouro Preto. Os principais investimentos da empresa se destacaram nos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário, estando na ordem dos 10 milhões de reais e resultando em novas redes de abastecimento e de esgoto.
Além do investimento, a prestação de contas incluiu os gastos da empresa nas operações, o volume produzido e os serviços realizados em 2020.
Diante do problema da falta d’água que acomete Ouro Preto e seus distritos, o vereador Naércio França questionou a constância no abastecimento de água por parte da Saneouro. O representante da empresa se diz ciente a respeito dessa condição, sendo uma questão já em discussão por parte da companhia.
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