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“Muito mais que uma taça!” Na Coluna Futebol sem Retranca com Allãn Passos

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Por Tino Ansaloni Publicado em 01/07/2013, 18:43 - Atualizado em 01/07/2013, 19:09
Acesse 100 Retranca Curta 100 Retranca no facebook A Copa das Confederações no Brasil já passou. A taça, o título, a conquista. Valem o que? Nada! Mas ganhar de 3 a 0, da forma como foi, em cima de uma das melhores seleções de todos os tempos, num Maracanã lotado e transbordando paixão, num dos piores momentos da nossa seleção, em meio à tanta desconfiança e há um ano da Copa do Mundo disputada em nossos gramados, vale muito. Demais! O Brasil tinha uma chance de vencer a Espanha, a competição e a si mesmo. Era preciso que jogadores e comissão técnica entendessem algo fundamental. Um argumento era o mais importante. Falava mais que qualquer tática, estilo de jogo, retrospecto recente, lógica... Na hierarquia do futebol, que de repente fez o mundo do futebol cair em si novamente, o Brasil ainda é o maior. Então bastaria sê-lo de novo. O Brasil e sua conquista mais importante: a confiança do torcedor Não era tão simples. Mas nem o futebol maravilhoso e inspirado no do próprio Brasil, fez a Espanha achar que pra ganhar do Brasil bastava jogar como nos outros jogos. Talvez, se assim o fizessem, teriam mais chances. Os espanhóis entraram nos respeitando. Muito mais do que respeitaram outro adversário até agora nessa brilhante trajetória. O Brasil, por sua história como um todo, merecia esse respeito. O torcedor brasileiro merecia essa vitória. O futebol ainda reservava esse momento. Uma vitória que não tira o principado espanhol no mundo da bola, mas relembra quem é o verdadeiro rei do futebol. Era fácil prever isso antes da competição? Lógico que não. E por isso o futebol é tão mágico. Tão especial. Luis Gustavo parou Iniesta. Julio César foi um paredão contra Torres. Casillas conheceu Fred. Piquè agradeceu aos céus porque agora será companheiro de Neymar. Del Bosque observou seu primo Felipão. A Espanha reverenciou o Brasil. A partir de agora, pede licença para os únicos pentacampeões para que possa continuar ousando e tentando reinventar o que o Brasil mostrou ao mundo. Licença para atuar com o nosso futebol arte. Quem disse que eles não podem ter essa concessão? Podem sim. Mas quando jogam contra a amarelinha... O futebol dos espanhóis ainda vai continuar nos cativando. O que eles fazem não é normal. A Espanha já fez e certamente vai continuar fazendo história. Só que o Brasil, com essa goleada, arrumou mais um argumento pra fazer parte dela. Num lugar de cada vez mais destaque. Foi 3 e poderia ter sido mais. Marcação, toque, velocidade, chute, passe, defesa, suor, vontade, união, amor. Tudo que podia se esperar de uma equipe se viu neste domingo. Como poucas vezes vimos. Talvez, como poucas vezes veremos. Mas essa é daquelas vitórias que garantem uma carga extra de moral que só uma derrota muito forte abala. Garante um sentimento de poder que só um "Maracanazo" (cala-te boca!) derruba. Ué, mas o título não valia nada? Em si, continua não valendo. Mas o que tivemos em 15 dias é muito mais que um título. As cinco vitórias em cinco jogos nos renderam muito mais que uma taça. Nos valeram paixão, resgate, confiança. Nos valeram o gostinho único de apreciar uma Espanha histórica e ser reverenciada por ela. Nos valeu a vontade de por a amarelinha no peito. Nos valeu, de novo, a vontade de gritar Brasil!

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