Leia “Voto de Cabresto”. Mais um alerta para os eleitores

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Por Tino Ansaloni Publicado em 26/07/2012, 15:36 - Atualizado em 26/07/2012, 15:36
No passado, quem mandava nos pleitos eleitorais era definitivamente o dinheiro. O candidato ia às fazendas e negociava o voto de todos, do dono da fazenda ao funcionário quase esquecido. Quem não sabia escrever aprendia de forma cruel a grafar seus garranchos para assinar a cédula, em nome do coronel mandatário. Votos contados e pagos a ouro. Assim se resumia o terrível ato de votar, tão normalmente representado nas novelas do horário das 18 horas. Se o número de votos daquele rincão não coincidia com o prometido, havia briga, morte, inimizades. A expressão “voto de cabresto” surge da ideia de que a pessoa se sentia amarrada e guiada, metaforicamente a uma promessa, normalmente vinculada ao domínio financeiro de alguém. Os votos de cabrestos ainda existem, em pleno século XXI. A moeda agora pode ser variada, alcançando desde valores monetários propriamente ditos ao escambo, ou seja, isto por aquilo: seu voto por material de construção, sua certeza de voto pela promessa de um emprego ou de um cargo público, sua garantia em minha eleição e uma cesta básica... Vive-se, sim, ainda neste meio de vida em que o direito de optar porque se pensou, se refletiu e se percebeu quem é quem no jogo eleitoral/eleitoreiro se perdeu, se prostituiu. Devemos pensar o voto como um ritual sagrado. No templo de nossa convicção, nosso voto é um laço com o divino direito de escolha, por nosso total livre arbítrio. E então, surge alguém e nos propõe uma troca: seu voto por um vintém, seu voto por uma chance na vida, seu voto pelo alimento de seu filho. A profanação se faz violenta, os altares se desnudam. Este é o momento real para refletirmos sobre qual o nosso papel neste período tão especial para a nação. Um voto pode fazer toda a diferença. Um único voto pode mudar o destino de uma cidade, de uma nação. Vale lembrar: este voto único pode ser o seu. Vote em quem quiser, mas vote com consciência. Busque o histórico de seu candidato, analise as ações dele. Procure opiniões com pessoas sérias e, então, decida. Não se venda, não se prostitua. Não profane o sublime templo de seu desejo. O preço pelo pecado pode ser uma eterna culpa, aquela que persegue a pessoa e não há retorno porque fomos o único responsável pela nossa atitude. Chega a hora demostrarmos quem verdadeiramente somos: os governantes de nossa terra porque somos nós quem elegemos quem queremos que nos proteja. Não venda seu voto: lute por ele. Nenhum dinheiro, nenhuma barganha paga por ele: ele é a coisa preciosa que você possui agora.

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