“Fotos e Fatos de Ouro Preto” é a nossa nova coluna com Bernardo Andrade

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Por Tino Ansaloni Publicado em 04/02/2013, 11:50 - Atualizado em 04/02/2013, 11:55
Bernardo A. B. Andrade Historiador e Ouro-pretano Curta no www.facebook.com/jornalvozativa Siga no twitter.com/jornalvozativa Esta nova seção do Jornal Voz Ativa pretende rememorar alguns fatos interessantes sobre a história de Ouro Preto, sempre ilustrados por fotografias e imagens desses acontecimentos. A ideia é apresentar um novo fato quinzenalmente, buscando abordá-los de forma mais dinâmica e “apetitosa”, alguns com o temperinho saboroso dos causos e lendas. Nessa primeira publicação os leitores poderão saber um pouco mais sobre: O retorno dos Inconfidentes No dia 16 de julho de 1938, restos mortais de ilustres ouro-pretanos retornavam para sua terra natal. Eram alguns dos inconfidentes de 1789, condenados três anos depois e degredados para a África como punição pela tentativa de revolta. A cerimônia cívica teve início na Estação Ferroviária, de onde um cortejo de cerca de dez mil pessoas - de acordo com os jornais da época -, acompanhou a passagem das urnas funerárias pelas ruas da cidade até a Praça Tiradentes, palco dos eventos principais da homenagem. Missas e repicar dos sinos tiveram lugar em toda Ouro Preto. Fruto da política nacionalista do Estado Novo, que criara o SPHAN (IPHAN) no ano anterior, a repatriação desses restos mortais fazia parte dos planos de criação do Panteão dos Inconfidentes, que seria instalado na antiga Casa de Câmara e Cadeia de Vila Rica. Este belíssimo edifício havia sido transformado em penitenciária estadual em 1907, algo pouco lisonjeiro para um prédio tão bonito e imponente. Em 1935, a penitenciária foi transferida para a cidade de Neves e a antiga Cadeia passou a ter um propósito mais cívico e propagandístico: homenagear e rememorar os heróis nacionais. Essa iniciativa fazia parte do nascente processo de monumentalização da cidade, transformada em um dos “berços da nação”. Abandonada após a mudança da capital para BH em 1897, Ouro Preto começa a ser valorizada enquanto símbolo da Memória brasileira pelos modernistas, que veem no “barroco mineiro” o germem de uma cultura genuinamente brasileira. A cidade é elevada a Monumento Nacional em 1933, passando a ser alvo de grandes políticas patrimoniais. Como o Panteão ainda não estava pronto quando os restos mortais chegaram, eles ficaram guardados na Matriz do Antônio Dias. O Panteão ficaria pronto apenas em 1942, sendo inaugurado no dia 21 de abril desse ano, aniversário de 150 anos da Inconfidência Mineira. Ao longo do século XX os restos mortais de outros inconfidentes seriam identificados e trasladados para Ouro Preto, todos recebendo as mesmas homenagens cívicas. Criado por decreto federal, o Museu da Inconfidência foi inaugurado em 1944, completando a ocupação do imóvel. No entanto, como o acervo relativo à Inconfidência não daria conta de preencher aquela enorme área de exposição, o Museu acabou sendo organizado mais como um documentário sobre a evolução social e política de Minas Gerais, permanecendo assim até hoje. Fontes: www.museudainconfidencia.gov.br/ www.siaapm.cultura.mg.gov.br/ www.iphan.gov.br/ COSTA, Janice Pereira da.Ensinando a ser cidadão: memória nacional, história e poder noMuseu da Inconfidência (1938-1990). Tese de Mestrado. Belo Horizonte:UFMG/FAFICH/Departamento de História, 2005. Disponível em: www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/handle/1843/VGRO-6HXRBQ

Um Comentário

  1. Emerson-Ouro Preto 04/02/2013 em 15:38- Responder

    Por curiosidade, Quantos eram e quem eram estes inconfidentes?

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