Leia “Tudo Pode Acontecer” Por Valdete Braga. Uma análise após a morte de Campos

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Por Tino Ansaloni Publicado em 04/09/2014, 12:04 - Atualizado em 04/09/2014, 12:13
Foto-Presidenciável Eduardo Campos quando em visita a Belo Horizonte-MG Crédito -  O Tempo   Por Valdete Braga As eleições batem à porta e tudo pode acontecer. Não tenho dados técnicos nem sou analista política, pelo contrário, entendo pouco. Mas sou eleitora e acompanho o desenrolar dos fatos. Não tenho a pretensão de fazer uma análise política aqui, mas uma crônica de alguém leigo em bastidores, mas brasileira, eleitora e cidadã, como tantos que existem pelo país. Engana-se quem pensa que só “entendidos” possam ter visão crítica. Todos nós a temos. O grande erro de alguns é ver apenas o seu lado da questão, mas o cidadão comum que consegue avaliar o todo, além de sua visão pessoal, mesmo sendo leigo em bastidores e arranjos políticos, pode sim ter visão crítica da situação. A tragédia que vitimou o presidenciável Eduardo Campos mudou o quadro que se desenhava e isto está claríssimo. Muita gente desceu do salto e outros cresceram. Obviamente, a causa foi muito triste e ninguém gostaria de pagar o preço pelo efeito, mas aconteceu. Independente de quem seja o meu ou o seu candidato, tenho certeza de que a maioria esmagadora dos que me leem agora, não esperava e lamenta o ocorrido. Se “beneficiou” alguém, quero crer, e creio, que os “beneficiados” não desejavam que fosse desta forma. Assim como, se “prejudicou” alguém, os “prejudicados” também não queriam isto. Passada a comoção nacional, ainda que o fato vá ser lembrado por muito tempo, podemos tentar tirar disto tudo uma lição: em todos os aspectos da vida, humildade não faz mal a ninguém, e em política não é diferente. Muitos, sem generalizar, já tinham como certo um resultado no primeiro turno e já se deslumbravam com o poder. Outros já se consideravam “perdedores” e não pensavam em lutar. Faltando um mês para as eleições, tudo mudou. Hoje já existem opções. Pode haver novas mudanças e as eleições serem ainda decididas no primeiro turno, porque não? Mas agora existem novas possibilidades. Pode haver segundo turno, o segundo turno pode ser com qualquer dois dos três primeiros colocados, e não se tem certeza de nada. Que vença quem for o melhor presidente para o Brasil. Lugar comum? Pode ser. Mas mesmo a frase sendo lugar comum, ela reflete o que a maioria dos brasileiros, cidadãos leigos e que “não entendem de política” pensam. Todos temos o nosso candidato. Todos torcemos por ele. Mas nunca devemos subestimar o outro, em política e em nada nesta vida. Respeitemos a opção alheia e não nos consideremos o maioral, inatingível, acima do bem e do mal. É normal defendermos a nossa ideologia, como é normal argumentarmos e tentarmos convencer o eleitor de outro candidato que não o nosso. O que não pode ser normal é o desdém ao outro, o pouco caso, a consciência do “já ganhou”. Torço para os meus candidatos, mas isto não significa que se eles não vencerem eu não vá respeitar a decisão da maioria. Da mesma forma, não é o fato de eu acreditar que o meu seja o melhor que vai me fazer desdenhar do outro. Assim pensamos nós, os leigos e “não entendidos” em política.

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