Festival de Inverno 2014: Cineastas Geraldo Veloso e Jefferson Assunção debatem a relação do corpo com Cinema Marginal em Ouro Preto-MG

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Por Tino Ansaloni Publicado em 17/07/2014, 21:57 - Atualizado em 18/07/2014, 21:50
Foto-Cineastas Geraldo Veloso e Jefferson Assunção debatem a relação do corpo com Cinema Marginal em Ouro Preto-MG Crédito-Dalília Caetano Por Dalília Caetano A noite 16 de julho, no Cine Teatro Vila Rica, foi dedicada aos amantes do cinema e também aos que desejavam conhecer melhor sobre esse tema. Como parte da programação do Festival de Inverno de Ouro Preto e Mariana - Fórum das Artes 2014, a curadoria de Audiovisual, sob a coordenação do curador Adriano Medeiros, convidou os cineastas Geraldo Veloso e Jefferson Assunção para participarem desta edição do Festival. A palestra que teve inicio às 19h, abordou questões que permeiam à temática do Festival Entrecorpos como a leitura do corpo a partir dos sentidos cinematógrafos e os registros e expressões do corpo no cinema Marginal Brasileiro. Geraldo Veloso explicou sobre a importância do corpo como objeto central no cinema. “O cinema nasce da exploração do corpo em suas diversas nuances. Podemos imprimir ao corpo o sentido que desejamos dar às cenas dos filmes. O corpo é uma entidade que produz coisas indesejáveis e desejáveis. Cabe ao cineasta escolher a maneira como se apropriar disso e levar para o cinema”, declarou. Durante a palestra os cineastas discutiram o surgimento do Cinema Marginal no Brasil e sua relevância para constituição do cinema nacional. Denominado também como Cinema de Invenção, o Cinema Marginal, é conhecido por características peculiares existentes em toda sua filmografia. Entre as principais podemos mencionar uma posição contracultura, presença de elementos abjetos, confronto com o público, críticas à sociedade de consumo. Os primeiros longas-metragens do cinema desta época surgiram entre 1968 e 1969 e o filme mais conhecido foi “O Bandido da Luz Vermelha” de Rogério Sganzerla. Em sua fala, o cineasta Jefferson Assunção pontuou que o fator preponderante dentro do Cinema Marginal foi a atitude dos diretores, na época, frente às duras amarras da censura sobre qualquer meio de expressão, principalmente a artística e o fato de eles realizarem seus filmes a qualquer preço. Com olhos atentos e bem entusiasmado o público participou do debate com perguntas e trocas de ideias que contribuíram para acrescentar informações a quem já se interessava pelo tema e também aqueles que puderam conhecer uma pouco mais a respeito da história do cinema brasileiro.

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