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Polícia Civil de Ouro Preto-MG apresenta acusados que confessaram matar idosa.

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Por Tino Ansaloni Publicado em 08/01/2014, 17:56 - Atualizado em 21/02/2014, 10:00
Clique nas miniaturas para ver as fotos no final do texto Curta nossa página clicando aqui Assista aqui ao vídeo que traz detalhes com os acusados do crime http://youtu.be/Y7grbvVZIn8 Crime com requintes de crueldade A população da cidade de Ouro Preto-MG amanheceu perplexa no dia 22 de dezembro de 2013, após notícia de assassinato de uma idosa que rapidamente se espalhou pela cidade. Quem teria matado Dona Guiomar Anastácia da Silva, 72 anos, residente na Rua Boa Esperança, nº 432, Bairro Nossa Senhora do Carmo, conhecido popularmente como Pocinho? Um vizinho que saía para o trabalho, por volta de 5h 30min, teria visto muita fumaça na casa da idosa, que morava sozinha. Ele telefonou para os Bombeiros Militares, que já teriam, na mesma noite, atendido à ocorrência de incêndio de um veículo, na Rua Jorge Caram, no mesmo bairro. Chegando ao local, que tinha as chamas já destruindo boa parte da residência, após entrar para controlar o fogo, os Bombeiros depararam com Dona Guiomar Anastácia, caída no chão da cozinha, com vários ferimentos feitos com objeto cortante e perfurante e uma grande poça de sangue ao seu redor. Segundo os Bombeiros, golpes foram desferidos no abdômen, axila, pescoço e tórax. Ainda segundo relatos dos agentes, a idosa tinha as vestes inferiores abaixadas até a altura dos pés e um preservativo usado foi encontrado ao lado da vítima. Os Bombeiros Militares acionaram imediatamente os agentes do SAMU, que chegaram ao local e confirmaram o óbito. Dona Guiomar era pessoa conhecida no meio artístico da região, devido ao seu trabalho de óleo sobre tela e sua participação em vários momentos da cidade ligados à arte. Atuação efetiva e eficiente da Polícia Civil de Ouro Preto A Polícia Civil iniciou as investigações logo após os crimes e em menos de duas semanas esclareceram a autoria e os acusados estão em prisão temporária. À frente das investigações, estão o Delegado Ricardo Reis Neto e os investigadores Jorge Daniel do Nascimento (o Carioca), Pablo Douglas da Silveira, além do escrivão Fernando Marçal Soares. Outros investigadores deram apoio, entre eles Marco Vicente de Oliveira, Felipe Borges, Carlos Eduardo e Leandro César. Desde o dia 22 de dezembro, os trabalhos de investigação acontecem ininterruptamente, mesmo durante as festividades de Natal e Fim de Ano, para elucidação do crime que causou grande comoção social. As ações da Polícia Civil, até o momento somam mais de 20 oitivas, buscas e apreensões e levantamento de campo. Em algumas dessas ações, o Policiais apreenderam materiais roubados da residência da idosa, entre eles três gaitas que Guiomar gostava de tocar, um aparelho de dvd, uma mochila, além de uma blusa que pertencia à um dos acusados, usada por ele na noite do crime e reconhecida por testemunhas ouvidas pela Polícia. Os Policiais reuniram provas e apesar de os envolvidos negarem a autoria do crime até certo momento, vieram a confessar, após o confrontamento de tais evidências contra eles reunidas. A Polícia suspeitou que os dois incêndios ocorridos na mesma noite, poderiam ter sido praticados pelas mesmas pessoas, um deles na tentativa frustrada de furto de veículo e outro na residência da vítima, para eliminar provas dos crimes. A duas ações foram confessadas pelos autores em certo momento das investigações. O Delegado Ricardo Reis Neto relata a importância da confissão dos acusados. “O grande valor da confissão que os envolvidos fizeram é que ela não está isolada nos autos. A confissão vem confirmada por várias outras informações que obtivemos entre elas o local da arma do crime, que somente os autores poderiam saber qual era. É uma confissão consistente, por isso muito importante, de um crime sem testemunhas oculares. Só tínhamos a cena do crime e fomos juntando peças até chegarmos aos envolvidos em crime tão brutal”. Após a noite de bebidas e drogas, resolveram conseguir mais dinheiro e souberam que a vítima teria certa quantia em sua casa. Ao verificar que sua casa seria invadida, Dona Guiomar teria saída pela porta de trás para pegar uma enxada com a qual se defenderia dos invasores e foi surpreendida pelos meliantes que a dominaram. Teria aí então iniciado a noite de terror. Enquanto um deles esfaqueava a vítima, outro procurava dinheiro. Essa ação, segundo a Polícia, foi alternada algumas vezes entre os acusados. Ronald teria violentado sexualmente Dona Guiomar após matá-la. Um dos acusados, Rodriney Lopes Veríssimo, o Goda, de 21 anos, mora na mesma rua da casa de Dona Guiomar e foi preso no dia 04 de janeiro em sua casa. O outro, Ronald Ferreira Rodrigues, também de 21 anos, após o início das investigações fugiu para sua terra natal, Manhuaçu-MG, mas, em Ouro Preto, residia com parentes no mesmo bairro da vítima. Ronald foi preso pela Policia Civil de Manhuaçu, no dia 03 de janeiro, após expedição de mandado de prisão. Os policiais de Ouro Preto se deslocaram até a cidade para buscar o preso. Para os Investigadores Jorge Daniel, Pablo Silveira e o escrivão de Polícia Fernando Marçal, foram seis dias úteis de trabalho para reunirem provas. “Desde o dia 22 de dezembro, quatro horas após o primeiro acionamento do caso, que foi do Corpo de Bombeiros, estamos nessa investigação, inclusive durante os feriados de fim de ano, somando seis dias úteis até termos material com o qual pudéssemos entrar com a representação e pedir a prisão temporária dos acusados” afirmam os Policiais. Ainda segundo a Polícia de Ouro Preto, o tipo de prisão que cabe no momento da apuração para os acusados é a temporária, que dura dez dias, mas, ao final das investigações será feito o pedido à justiça pela prisão preventiva, na qual serão mantidos presos até o final do processo e julgamento. Os dois presos foram apresentados na manhã de hoje à imprensa, após entrevista coletiva concedida pelo Delegado de Polícia Ricardo Reis Neto, acompanhado dos investigadores e escrivão diretamente ligados ao caso. Leia matérias anteriores: Idosa assassinada em Ouro Preto – MG Idosa assassinada em Ouro Preto-MG pode ter sido vítima de violência sexual Curta nossa página clicando aqui

3 Comments

  1. Wellington Xavier 10/01/2014 em 09:30- Responder

    Parabéns, Tino, pela reportagem!
    Jornal VozAtiva: um passo à frente da notícia!

  2. Anderson Cléssio 11/01/2014 em 17:24- Responder

    Vejo hoje que a prisão dos elementos foi bem sucedida, e espero que eles se convertam do erro e venham a viver ao lado de Deus para salvar almas e não matar como afirmaram na reportagem, parabéns Tino pela coragem de mostrar o acontecimento.

  3. Ana Cláudia 11/01/2014 em 18:11- Responder

    Meus parabéns a polícia pela prisão desses monstros e a Tino Ansaloni pela matéria que foi muito bem feita.

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