Polícia Civil continua greve por tempo indeterminado.

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Por Tino Ansaloni Publicado em 04/09/2013, 21:19 - Atualizado em 04/09/2013, 22:02
Foto: Policiais levam caixão para saguão da Assembleia para representar a falência em que se encontram as condições de trabalho Crédito: Sindpol/MG A greve da Policia Civil de Minas Gerais alcança 85 dias. Na busca pela aprovação da nova Lei Orgânica da PCMG os policiais mantém o movimento grevista funcionando de maneira reduzida, com apenas 30% da sua capacidade, sem previsão de fim. É fácil perceber os transtornos que a redução do atendimento causa no cotidiano da população que precisa dos serviços policiais. Pela manhã observa-se filas imensas em busca de uma senha nas portas da 5 ª Delegacia Regional de Ouro Preto, e a tarde não é diferente. “É por uma Polícia digna que nós lutamos. A sociedade é merecedora de um bom atendimento.” Explica o policial civil Leandro, lotado em Ouro Preto-MG, acrescentando que na sua cidade de trabalho a polícia conta com uma delegacia moderna, com boas instalações, boas máquinas e boas condições de serviço, entretanto, faltam policiais. A demanda é crescente e o número de policiais é reduzido, faltam delegados, escrivães e investigadores, causando uma sobrecarga e um acúmulo de trabalho sobre a classe. Uma das principais reivindicações dos policiais é a abertura de concurso pra formação de novos policiais nas diversas carreiras. Ponto para o qual o governo sinalizou um possível acordo. Na última semana os resultados começaram a aparecer. Com o apoio dos deputados estaduais que as constituem, o novo projeto foi aprovado em duas comissões e a terceira votação, marcada para quarta-feira, 04 foi adiada. Segundo o relator, deputado Lafayette de Andrada (PSDB), não houve tempo suficiente para concluir a análise da proposição, cuja documentação anexada já acumula centenas de páginas em dois volumes, trabalho que demanda a dedicação exclusiva de cinco consultores legislativos. Com isso, a greve continua sem data para encerrar. Há várias semanas os policiais permanecem acampados na Assembleia Legislativa no intuito de pressionarem os parlamentares para aprovarem a nova lei, garantindo que só sairão quando as reivindicações forem atendidas e a lei aprovada. Mesmo com o descaso por parte do governo e com o transtorno causado, o policial avalia a compreensão da população como positiva. “Estamos recebendo o apoio da grande maioria da população. Tentamos mostrar nossas mazelas ao mesmo tempo que esclarecemos os motivos da nossa luta, assim percebemos que a sociedade tá do lado da polícia” encerra o Policial Civil Leandro.

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