Academia de Letras do Brasil de Mariana contempla instituições e pessoas que levam cultura à sociedade

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Por Tino Ansaloni Publicado em 06/06/2012, 17:56 - Atualizado em 07/06/2012, 22:10
Um jardim – foi comparando o campo cultural com um jardim, no sentido que Voltaire o analisava, que a aldravista Andreia Donadon Leal começou a reunião solene, no dia 26 de maio, às 16:00, no auditório do Instituto de Ciências Humanas e Sociais, que agraciaria com medalhas nomes e instituições que têm levado às diversas comunidades de Minas e do Brasil implementações culturais importantes. A metáfora do jardim inclui diversidade. Um belo jardim precisa possuir muitas flores, não pode apresentar apenas um tipo único. O conjunto de cores, geometrias, tamanhos e texturas promovem discursos variados no metafórico jardim. O evento foi dividido em três fases, a primeira com palestra do acadêmico Mestre Adalgimar Gomes, sobre a referência aos negros na Inconfidência Mineira, tomando como ponto de partida os poemas para Chica da Silva, no Romanceiros da Inconfidência, de Cecília Meireles. A segunda foi a entrega da Medalha de Mérito Cultural às diversas entidades e laureadas, cujas ações culturais deixaram florescer ainda mais a cultura de si e dos outros. Foram laureados com a Medalha de Ouro do Instituto de Culturas Internacionais de Minas Gerais: Centro de Cultura Sesi-Mariana, escritor Humberto Eustáquio M. de Oliveira, a artista plástica Iara Abreu, o Jornal Hoje em Dia, a TV Inconfidentes, o pesquisador Marcos Túlio Damascena, a acadêmica Marisa de Castro Godoy, o escritor Rodrigo Starling, o acadêmico Zaidan Jorge Brumano e a presidenta da ALEPON – Academia de Letras, Ciências e Artes de Ponte Nova – Wilma Maria Quintiliano de Oliveira. Na entrega das medalhas e dos diplomas, foram apresentados o currículo e a razão da premiação de cada agraciado. Um dos maiores agraciados foi o jornal diário mineiro “Hoje em Dia”, pela colaboração com temas sociais, culturais e ambientais e pela neutralidade com que lida com a notícia. Na ocasião o representante do jornal adiantou para todos que a partir do dia 18 de junho, o mesmo periódico virá em formato de tabloide e totalmente colorido, com novos nomes de jornalistas e comentaristas. A comunidade ponte-novense se fez presente com grande número de pessoas e fez diversas homenagens à presidenta da Sociedade Aldravista, Andrea Donadon Leal, e um pequeno sarau incluindo crianças, adolescentes, jovens e adultos. Durante o evento, Andreia sempre se reportou ao seu jardim e, assim, ao terminar a solene reunião, lembrou a todos os presentes de que a cultura não é um privilégio apenas dos intelectuais e dos acadêmicos. Voltou à metáfora e explicou que devemos transformar nossas vidas em jardins, respeitando a cultura, a vida, o presente, o passado e a experiência do outro. Introduziu neste instante o verbo “cultivar”,com a beleza poética que um poeta/uma poetisa sabe fazer: é preciso cultivar o outro, É preciso cultivar a leitura, a cultura, os bons costumes, o trabalho do outro. O outro é tão importante para nós quanto nós mesmos porque “não construímos nada sozinhos”. Por isso, é preciso cultivar o nosso jardim, as nossas velhas e novas amizades, elogiar e reconhecer o jardim do outro. Por fim, a oradora nos relembrou duas coisas muito importantes, das quais não devemos nos esquecer:o trabalho nos livra do tédio, do vício e da necessidade” e “somos responsáveis por todos os eventos que ocorreram em nosso passado e pelos que ocorrem em nossa presente, o que nos leva a concluir que também o somos pelo nosso futuro”. Cultura é um bem de todos e todos os que foram laureados mereceram os prêmios porque cultivaram canteiros nos jardins dos outros. Elisabeth Camilo Curta nossa página no http://www.facebook.com/jornalvozativa Siga no twitter@jornalvozativa

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