22ª Reunião da Câmara de Ouro Preto
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Irmãos das vítimas de atropelamento recorrem à Tribuna Livre da Câmara Municipal de Ouro Preto

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Por Tino Ansaloni Publicado em 12/04/2012, 17:01 - Atualizado em 20/05/2012, 15:13
Na última reunião da Câmara Municipal de Ouro Preto, ocorrida na terça-feira, 10 de abril, familiares das vitimas do atropelamento que matou o casal de amigos Whávila e Cristiana, fizeram uso da Tribuna Livre da casa, na expectativa de mostrar aos vereadores e a outras pessoas presentes o risco potencial de haver novas tragédias com vítimas fatais naquele local. Convidados pelo vereador Flávio Andrade, durante a manifestação feita na segunda-feira, dia 9, em frente ao local do acidente, Whelton Pimentel, o Leleco, irmão de Whávila,e Marta Martins, irmã de Cristiana, apresentaram sua crítica sobre a perigosa localização do estabelecimento conhecido como Portal de Ouro Preto, na saída da cidade, direção Ouro Preto- Belo Horizonte, bem como possíveis ilegalidades em que a mesma casa pode estar envolvida. Leleco viu algo positivo na morte do irmão e da amiga, embora muito entristecido com o acontecimento, já que, a partir da catástrofe, nasceu o Movimento dos Atingidos pelo Trânsito na Região dos Inconfidentes, que passa agora a manifestar-se em favor de mais segurança no trânsito. O trecho da rodovia estadual onde ocorreu o acidente é bastante movimentado durante o dia por pessoas que são moradoras dos bairros próximos ou que visitam o cemitério e o presídio locais. Trabalhadores destas instituições e pessoas que fazem caminhadas ali também podem vir a ser vítimas de atropelamentos. Os familiares das vítimas veem o motorista Sandro da Costa Ribeiro, causador do atropelamento duplo, não como o culpado, mas como uma vítima do trânsito, devido às péssimas condições que a localização do bar dispõe a todos, mesmo para aqueles que não o frequentam. Leleco vê a questão do trânsito local como um problema de toda a coletividade. Para ele, é um absurdo haver uma casa de shows, frequentada por pessoas de todas as classes sociais, à beira de uma estrada estadual, sem haver qualquer proposta de uma linha de ônibus que transporte as pessoas até o recinto, permitindo que pedestres se coloquem em risco o tempo todo. Ainda para ele, o problema se torna pior à noite, quando a visibilidade do motorista é prejudicada. Leleco não poupou críticas negativas à casa de shows, mas também denunciou que faltam espaços onde pessoas com menos recursos financeiros possam ir ao centro da cidade. Presumivelmente, Leleco propôs à Câmara a abertura de mais espaços de lazer para a população menos privilegiada financeiramente nos bairros e no centro da cidade, o que evitaria outros acidentes na rodovia, em direção do Portal. Marta Martins, irmã de Cristiana, citou que outra irmã e outro cunhado, em situação diversa, quase morreram no mesmo trajeto. Tanto Leleco quanto Marta demonstraram preocupação com o futuro dos filhos e outros parentes das vítimas do atropelamento. Ambos estavam desempregadose deixaram as famílias em árdua situação econômica. Diversos vereadores usaram a tribuna em nome da solidariedade às famílias envolvidas. Flávio Andrade crê que a solução não é fechar o Portal, mas encontrar outras alternativas para se evitarem novas tragédias. Ele também se mostra preocupado com os transeuntes diários que passam pelo trecho onde ocorreu o acidente. Crovymara Batalha afirma que não é possível construir uma passarela que conecte o pedestre ao Portal, uma vez que este é uma empresa particular. Entretanto, ela propõe que pode haver recursos para segurança que visem apenas o lado esquerdo da rodovia, no sentido de quem sai para Belo Horizonte. É nesta margem que se situam o cemitério, o presídio e o Camping Club. Regina Braga percebe que a empresa deve ser a responsável pelo cliente, ou seja, a casa de shows deve criar projetos que assegurem a quem a frequente a segurança necessária. Houve, durante a sessão, outras menções de solidariedade aos familiares das vítimas fatais. Concluiu-se sobre a necessidade de se buscar junto aos órgãos responsáveis - Departamento Nacional de Infraestrutura de Trânsito (DNIT) e Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG) - as soluções cabíveis ao caso. Elisabeth Camilo Entenda o caso desde o início - O atropelamento - A manifestação de amigos e familiares - “Educação para não matar e não morrer” por Elisabeth Camilo

Um Comentário

  1. Penha Marta Bandeira de Pádua - Porque que nossos governantes não tomam providências antes dos acidentes acontecerem, ainda precisa de manifestação do povo. Este é o nosso país... 13/04/2012 em 22:35- Responder

    Porque nossos governantes esperam que acidentes como este aconteçam, para depois tomarem providências, e o povo tem que fazer manifestação, senão não fazem nada. Cadê nossos representantes…

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