Atelier apresenta espetáculos em Itabirito-MG nos próximos finais de semana

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Por Tino Ansaloni Publicado em 14/03/2012, 14:58 - Atualizado em 20/05/2012, 15:41
Os atores do Atelier de Artes Integradas da Prefeitura de Itabirito encenam dois novos espetáculos nos próximos finais de semana, na Casa de Cultura Maestro Dungas. No sábado, dia 17, às 16h, entra em cartaz a peça “Os Saltimbancos”, musical infantil de Sérgio Bardotti e Chico Buarque. Já no dia 25, é a vez do espetáculo “As Mãos Entrelaçadas”, com duas apresentações: uma às 19h e outra às 21h. Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 3,00, na Casa de Cultura, localizada na Rua Carlos Michel, nº 1, Centro. Mais informações pelo (31) 3561-1014. Saiba mais sobre as peças nas sinopses abaixo: Os Saltimbancos Musical infantil de Sérgio Bardotti e Chico Buarque. “Os Saltimbancos” conta a história de quatro animais revoltados com as obrigações impostas pelos seus patrões. Um jumento que não aguenta mais carregar peso nas costas e ser chamado de burro. Um cachorro cansado de ser cão de guarda. Uma galinha, que não bota mais ovo e, arriscada a virar canja de galinha, foge de sua patroa, além de uma gata de madame desejando liberdade para poder cantar com a gataria da rua e virar uma superstar. Os quatros animais se encontram e decidem ir a cidade para virarem músicos. No caminho encontram uma casa habitada por barões e decidem ficar por lá mesmo. O problema é expulsar os barões de lá para viverem livres de seus patrões. As mãos entrelaçadas “As mãos entrelaçadas” é uma peça que fecha a trilogia começada pelo “Sobrado em Santa Teresa” seguida de “São Paulo Califórnia”, do dramaturgo Walmir José. As três peças têm como pano de fundo o que se passou no Brasil a partir da redemocratização. As mudanças político-sociais e os conflitos que elas desencadearam e desencadeiam são experimentados na vida de algumas famílias de classe média. Assim, no “Sobrado em Santa Teresa”, escrita no final dos anos 1980, uma família bem estruturada sonha com um país melhor, sem inflação, com possibilidades de emprego para os filhos, ainda que o monstro da criminalidade, através dos pivetes – hoje talvez românticos – apontasse a cabeça. “São Paulo, Califórnia”, escrita em meados dos anos 1990, acontece sob o governo FHC. Não há inflação, mas o emprego formal raleou, há um desencanto latente e a família já não é tão estruturada; todavia prevalecem alguns valores. Há sonhos desfeitos. A violência da época ceifa a vida de um jovem cheio de esperanças. Agora, com “As mãos entrelaçadas”, o galope dos costumes globais, da individualidade exacerbada, varre todos os princípios que sustentaram a vida familiar até então. Um eco, no entanto, permanece: alguns personagens tentam salvar a própria alma.

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