Cruz da Ponte da Barra em Ouro Preto-MG sofre danos com vândalos no carnaval

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Por JornalVozAtiva.com Publicado em 27/02/2012, 20:28 - Atualizado em 27/02/2012, 20:28
No dia 19 de fevereiro, por volta de 18 horas, componentes de bloco carnavalesco passavam pela Rua Antônio Martins, onde se localiza a ponte da Barra e a cruz, datada de 1806. Como se não bastasse toda a extensão das ruas da cidade, normalmente invadida por milhares de pessoas em época carnavalesca, três mulheres e dois homens resolveram subir na cruz que se soltou, vindo a cair no corta água da ponte, localizado logo abaixo. Três pedaços se soltaram e um deles se quebrou e se dividiu ao meio. Dos cinco vândalos, três mulheres foram identificadas por testemunhas em meio aos foliões e presas em flagrante por dano ao patrimônio público. O dois homens foram procurados pela polícia, mas, não encontrados. Segundo testemunhas, os dois homens e as mulheres brincavam e se apoiavam nos braços da cruz para tirarem fotos, quando o material não suportou o peso dos vândalos. Rafaela Pereira Bergant, 20 anos; Karin Cristina de Arujo Gomes, também de 20 anos e Larissa Silva Ferraz de Almeida, 26 anos foram levadas para a delegacia e soltas após serem ouvidas e pagarem fiança. Todas as infratoras são da cidade de Santos-SP. Segundo o Delegado Regional Walfredo de Sá Filho, as envolvidas não tiveram a intenção de quebrar o monumento, pois, subiram apenas para tirar fotos. Larissa assumiu a culpa e responderá por dano ao patrimônio público, previsto na lei Lei 9.605: “Art. 65. Pichar, grafitar ou por outro meio conspurcar edificação ou monumento urbano: Pena – detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa. Parágrafo único. Se o ato for realizado em monumento ou coisa tombada em virtude do seu valor artístico, arquelógico ou histórico, a pena é de 6 meses a 1 ano, e multa.” Para Gabriel Gobbi, Secretário Municipal de Patrimônio e Desenvolvimento Urbano, a punição servirá de exemplo para que não ocorram mais incidentes com outros monumentos da cidade durante festividades. Ainda segundo o Secretário uma ação de dano ao patrimônio púbico e cultural será movida contra a responsável. Segundo o chefe do Escritório Técnico do Iphan - Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional na cidade, Raphael Arrelaro, o reparo foi estimado em R$ 3 mil e é uma obra relativamente simples. Não envolve maquinário e a pedra é de material local e há mão de obra especializada na cidade. O Iphan informou que vai dar colaboração técnica à prefeitura, que contratará o restaurador.

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